O comércio no Índico era baseado em estabelecimentos situados nas grandes rotas comerciais, assegurando apoio aos mercadores.
Contrariamente às outras nações comerciantes (genoveses, venezianos e mulçulmanos), no séc. XVI as feitorias portuguesas não se deviam à iniciativa de mercadores particulares, mas eram obra e propriedade do rei de Portugal.
Nas feitorias portuguesas havia um único mercador livre, o rei. E um único feitor, o do rei.
Outra diferença significativa: as feitorias portuguesas eram fortificadas. Foi o caso de Cananor Pedro Álvares Cabral (na 2ª viagem à Índia, logo a seguir à de Vasco da Gama) conseguiu do rei indiano um bom lugar para instalar um entreposto comercial numa ponta de terra metida no mar. De seguida, pediu ao rei madeira para uma casa onde ele e o rei se pudessem encontrar. Discretamente foram-se fazendo defesas, trouxeram-se armas pela calada da noite e colocaram-se vigias permanentes. Ao rei explicou-se que que aquela protecção tinha por fim evitar conflitos entre os portugueses e a gente da terra. Portugal tinha a sua primeira feitoria na Índia!
jp
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