Quando os romanos aqui chegaram, terão encontrado um castro lusitano que ocuparam, implantando no território o chamado regime de vila, como sempre faziam, impondo as suas leis, costumes, língua e romanizando os deuses locais.
Ora bem, o regime de vila, com mais ou menos sobressaltos, vigorou cerca de mil anos, passando quase incólume às invasões bárbaras e muçulmanas.
Será então que o nome vem de senior (senhor) Cellus, que seria o senhor local? Mera especulação, sem qualquer comprovação documental.
Será que o nome deriva de Sermozele, como é designado o primitivo castelo no testamento de D. Chamoa (960)?
Não sabemos. Certo é que o étimo de Sernancelhe se encontra no próprio foral. Em 1124, a vila volta finalmente a ter dono: D. Egas Gozendo, a quem o conde D. Henrique terá dado o povoado. Nesse ano, Egas dá foral à vila onde se pode ler: ”… uobis homines de Cernonceli”.
Não pode haver dúvidas. No foral o nome Cernonceli é um genitivo: a vila ou quinta de Cernonceli, no sentido do antigo regime romano de vila, supra-referido. Só, no séc. XV mudaram para S.
Portanto, podemos escrever das duas maneiras! Vou optar por ser moderno e passarei a usar o S. De qualquer forma isto é um assunto que rigorasamente não interessa para nada.
(A continuar)
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