a minha companheira de quarto (uma MRPP convicta) acordou-me:
um golpe de estado, e eu de direita ou de esquerda? muito atinadinha já:
Faculdade de Ciências com a cantina fechada pelos pides faz a cabecinha mesmo das
meninas do papá, e depois foi a manhã em casa que a minha companheira tinha a
mãe alentejana de visita e ela a dona da casa rezavam para que não saíssemos
pregados em frentes da televisão que de pronto respondeu á questão que eu tinha
colocado...
pelas duas da tarde fomos para a rua, eu e a Nita a contrariar os
rogos lá em casa para que não saíssemos: fomos avenida de roma praça de londres,
arco do cego: não nos deixaram passar, ou aconselharam-nos, sei que compramos um
jornal, não sei qual e ainda hoje tenho pena de não ter estado no largo do carmo
estando em lisboa
Momentos que marcarão para sempre a nossa geração. Quem saiu à rua nunca mais esquecerá... quem não saiu nunca terá outro momento igual. Esta foi a revolução mais pacífica de que há memória.
4 comments:
Fátima, obrigada por deixar aqui o vosso depoimento!
Ler depoimentos como este dá-me um visão real do que de facto não vivi.
Obrigado e expressodalinha por cá foi de facto pacífica.
Foi uma revolução florida.
http://soundcloud.com/francisco-oneto/25-abril-hino-mfa-a-life-on/s-6GqHK
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