A Fernanda gosta de fazer a sesta na praia. E sesta só à sombra. Todos querem sol, mas o negócio está na sombra. No Algarve, desde 8 € a 100€ diários pode-se curtir a praia sem escaldão. Tem praias com almofadas, garrafa de champanhe, frutas frescas, "brumas" refrescantes e toalhitas geladas. Praias com sabor. Sombras gourmet. Camas para três e quatro pessoas. Ambiente absolutamente lounge, lifestyle, com DJ residente. Um oásis na areia. Tudo sem sair da espreguiçadeira. Começa a ser estranho quem vai de toalha, guarda-sol e come bolas de Berlim. Um dia serão excluídos das praias por comportamento impróprio e remetidos para as piscinas municipais, longe do turista charter ou do futebolista Ferrari.
12.7.12
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11 comments:
Fantástica a Crónica DAS SOMBRAS GOURMET !
Todos os seus textos são óptimos, Jorge, mas este é um dos que mais apreciei !
Parece ter retornado ao ano de 2008, quando contou a História de uma bola de berlim ou daquele guarda-sol que o vento levou areal fora !
BRAVO !
É muito curioso e interessante essa coisa dos costumes...
Depois do teu texto das tais bolas nunca mais os "sonhos" daqui foram os mesmos; a cada mordida penso nelas e nem consigo imaginar como podem combinar com sol, mar, praia e verão: elas tem cara de padaria.
Assim como me é impossível conceber tomar um caldo quente ( "caldinho" de feijão, de sururu, etc) numa praia sob o sol escaldante do nosso Pernambuco. No entanto fazem o maior sucesso!
Agora essa história de pagar pela sombra e espreguiçadeira também não sabia. Vim conhecer ano passado na Sardegna.
Lá na praia era proibido jogos de bola (qualquer um), som e comer ou beber (pic-nic) no guarda-sol alugado.
Mas havia uma área delimitada e separada para os turistas que carregavam sua "sombra". Porém o som, a bola e a "farofa" definitivamente ficava de fora.
Costumes...
Modernices para quem pode que acho muito bem em aproveitá-las! A concessão das praias vão-se alargando com espaços à moscas e outros apinhados de gente...mas sem chapéu utiliza-se o espaço todo...portanto exclusão? isso é que era doce!
A Fernanda faz muito bem em fazer a sesta à sombra e na ou a foto está muito bonita.
Boas férias
na sombra tbem o sol queima:)
gostaria de estar la perto de Fernanda...
beijos a ela
Boa crônica ilustrada!
Praia, para mim, não é assim, nem essa, de vento pouco vagaroso ... mas pronto, que se lixe, há gostos para tudo neste mundinho de todos ...
Espreguiçadeiras, toldinhos, bebidinhas e o diabo a quatro ... quanto snobismo ... quanto "conforto", quanta mania de se ser diferente ...
Há que deitar na areia, sobre uma toalha à qual o sol roubou a cor, deixar o mesmo sol afagar-nos a pele que de tão queimada já nem "queima" e entrar no mar sem lhe desvendar os mistérios ...
Mas parece que tudo está diferente ... dizem que até o sol já é outro ... só o mar continua o mesmo ...
Definitivamente, a minha praia é outra ... esta é chata, com gente chata, a querer ser o que não é ...
Antes fazer a sesta na minha caminha do que frequentar um nojo destes ....
ufa, disse!
E disse muito bem Sr Anónimo, ou Sra Anónima!!! Cheio de coragem, atrás do anonimato!!!!
Olhe...outro anónimo assina!!!
Os novos conceitos turísticos que descrevo (não este da foto que é um banal toldo) existem mesmo nas praias "chiques" e começam a fazer escola. Na TV apareceu um brasileiro a dizer que vai levar o conceito para o Brasil.
O conceito, a moda já pegou Jorge.
A propósito, o mar definitivamente não é o mesmo; esta muito mais sujo.
Atrás do anonimato é fácil ser corajoso.
rsrsrsrs
Li ferreira Nhan
Quem vos disse que sou uma pessoa corajosa? Sou nada. Se fosse não teria medo de uma barata e frequentaria uma praia desse tipo.
Sim, porque só um corajoso consegue enfrentar esses bandos de pavões ...
O mar está sujo? São os pavões que o sujam, só pode ... devem ser rolhas das garrafas de champagne, embalagens de protector solar L´Occitane ou Lancôme, etc etc ...
Até porque, em sã consciência, ninguém atira bolas de Berlim ao mar ...
Concordo. A praia que eu descrevo no post (e que não é a Meia-Praia) deve ser chata e socialmente desgastante. Eu vou para a praia para ter sossego e não para uma de socialite.
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