Um chapéu esquecido. Um amor perdido. Há um barco a sair,
outro a entrar. A vida segue o destino da corrente. Estou sozinho naquele muro.
Sou a palha daquele chapéu. Sou a neblina daquele barco. O chapéu sabe o que eu
não sei. Sabe do fado e da maré. Sabe do nevoeiro que me percorre. Sabe que ela
não está. Sabe que deixou as marcas da paixão.
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9 comments:
meu querido Jorge, como voce escreve bem, me emocionou este texto!!!te admiro tanto tanto!obvio a foto é maravilhosa!!!
Perdi o chapéu. Esqueci um amor, porque não foi. Um barco entra, outro corta as amarras. Levam a vida, ou trazem-na. Ou ela nunca foi nem veio. Sempre esteve aqui. Não estou só porque abraço a solidão dos dias. O chapéu perdido era de palha, como de palha sou eu, tão frágil e leve. O chapéu nada sabe. Está perdido, como eu, por entre a neblina densa que nos cerca. Esqueci uma paixão, que sequer deixou marcas. Porque não foi ...
:):):)
Vou seguindo... seguindo... seguindo. Muito bom.
Estou de volta, Jorge. Espero com a regularidade ± habitual.
E que encontro aqui ?
- O chapéu que nunca usei !...
Comoa Myra disse, mais um magnífico texto. para regalo das nossas mentes.
João: com Mac é outra coisa :))
Não tenha a menor dúvida !!!
E com um monitor 24", nem se fala...
24!!! Isso é quase uma televisão.
Há tvs bem mais pequenas...
eheheh
o chapéu, a única testemunha da partida...só ele sabe...só ele viu...
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