Ver o livro a circular por entre mãos amigas e olhos
atentos é pura magia. Um processo que começou há meses e que de repente culmina
num êxtase colectivo. Escrever é um vício e uma oportunidade. Sou um narcisista
assumido. Um tímido exibicionista. Adoro ter pessoas à minha volta, mesmo não
sendo muito social. As pessoas são o que são e não devem ter medo de ser. Somos
chatos e meigos. Inteligentes e preconceituosos. Imbecis e amorosos. A única
capacidade que nunca podemos perder é a auto-crítica. Este livro deixou-me
ainda mais exposto. Mas, sinceramente, nunca percebi por que nos queremos
preservar. Passamos a vida a esconder os defeitos e depois queremos confessar
tudo em meia dúzia de linhas. O prefácio do Eduardo e a apresentação do
Francisco deram-me um novo fôlego. Sinto que já muito pouco tenho a falar de
mim. Sinto que as próximas aventuras só podem ser ficção. Não porque eu não
seja uma total ficção, mas porque a ficção é a realidade colectiva onde todos
nos revemos. O lugar comum onde todos podemos ser qualquer coisa.
24.6.14
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7 comments:
De forma bem modesta ( não deixando de ser abusiva ), revejo-me em muito do que de si fala.
Um abraço.
Acompanhei aqui a tua reportagem sobre o lançamento de mais uma obra tua e como tua é de ficares orgulhoso e só desejo que seja mesmo um sucesso como outros que fizeste. Força e sem medos da exposição:)
Parabéns!
Muito bom texto. Vai para o Varal. Quanto ao Post It será um sucesso. Apesar de amarelo, segundo o Francisco...
palavras verdadeiras e tocantes e uma foto muito sugestiva :))
Certeza que o teu livro tem o sabor de "quero mais"!
Os post do lançamento estão ótimos! Mais uma vez parabéns Jorge!
Bela pose! Belo texto!
Para quando uns banhos por estes lados?
Jorge, gracias, gostei de ler o post it, dei grandes gargalhadas,
nã gosto é do teu medo de morrer nem que me relembres que vais ficar sem luz para escreve-la.
beijinho
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