Fui e voltei. Andei e revoltei. Fiquei só qual pinheiro isolado neste Verão de chamas incendiárias. À minha volta nada existe excepto uns congelados solitários armazenados no frigorífico para atenuar a incapacidade doméstica. Estou sozinho. O meu amor fugiu. Culpas não sei. Saudades todas. Admiro os que escrevem sobre política, criticam livros, ou comentam a TV. Gente feliz. Não sofrem, não se angustiam. Limitam-se a brincar com palavras. Como eu queria entrar nesse jogo. A solidão é um luto devastador, uma dor que se eterniza. Até quando?
8.11.17
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
14 comments:
Um abraço do seu leitor vizinho Tiago.
Abraço também.
Jorge, já não estamos mais na idade das culpas, tampouco das acusações ou dos ciúmes tolos. Tolos sim; a idade nos mostra quanta tolice pode caber no ciúme.
As saudades, essas sim, nos acompanham sempre. Saudades do que se viveu e do que se queria viver.
A solidão é presença constante como a nossa sombra; esta ao nosso lado mesmo quando não há luz.
Meu amigo, desejo de coração, que tua amada volte e que ela entenda que não há fuga possível de um grande amor.
É que a vida é tão frágil, tão passageira.
Fiquem bem vocês dois.
Jorege, que bom 5te ver de volta! abração, tuuuuuuuudo de bom,chica
Obrigado Li. Não está nada fácil.
E dá-me essa dolorosa notícia quando estou com um pé na escada do portaló ???
Deixo um abraço de muita amizade e espero que quando regressar em Dezembro,, também possa haver outros regressos.
Boa viagem.
Jorge, foi a Li quem me deu essa triste notícia. Cansei de vir todos os dias aqui no Expresso e não encontrar nada. Nem uma foto, nem uma palavra. Abandono total. Deixei de passar por este Expresso. Uma das formas de "espantar" solidão é estar conectado com um mundo de amigos que fez durante todos esses anos. Sei que não "cura", mas espanta a solidão. Enquanto seu amor não volta, venha passar uns tempos aqui na Piacaba. Talvez reencontre o prazer de fotografar, escrever, e fazer seus bonecos. Já temos idade suficiente para saber que a felicidade esta dentro de nós, e não nos outros. Fica o convite e a certeza de que tudo se resolverá muito em breve. Como tudo na vida. Forte abraço.
Até quando? Só tu saberás como dar a volta porque neste momento não há palavras que nos aconchegam porque ainda há muita poeira no ar. Força!
Um abraço sincero e respeitador
Eduardo, obrigado pelo convite, mas tenho o problema da minha mãe que impede de me ausentar por muito tempo. Vou tentar aparecer mais por aqui e ultrapassar desgostos. Mas não está fácil.
Fatyly, obrigado pela força.
Só parte definitivamente quem morre.
Enquanto há vida há sempre a possibilidade de reencontros, de reaproximações.
Existe sempre, também, a possibilidade de novos amores, novas paixões.
A Saudade, essa danada, maltrata, mas não mata ...
E nunca se é velho para recomeços.
Ah... e os amores verdadeiros e recíprocos nunca morrem, quero crer.
Que o tempo seja caridoso e suavize essa solidão (seja de que modo fôr).
Dei com o blog por acaso. Temos lugares e pessoas em comum. Não sei se algum dia nos cruzámos. Mas quero agradecer pelos momentos em que a minha solidão foi menos através das imagens e palavras que aqui encontrei.
Separações são sempre dolorosas...mas também creio, como alguém já comentou antes, que há amores que nunca morrem. Espero que seja este o caso, mas não sendo, que voltem os momentos felizes e as alegrias fáceis.
Muito obrigada.
Maria
Obrigado Anónimo e Maria.
Post a Comment