Primeiro vem a montagem daquela parafernália toda. Suportes da tarola, prato de choques, rides, crashs e splashs. Enfiar os pratos nos suportes. Atarrachar os abafadores e as porcas de orelhas. Apertar os timbalões ao bombo e aparafusar o pedal para bombar... Uma canseira!
Depois, o desgraçado ainda tem de tocar e esperar que durante o concerto o bombo não comece com a habitual tendência par deslizar, fugindo cobardemente para a frente, enquanto o prato de choques se tenta esgueirar para a esquerda, impulsionado pelo efeito conjugado das pedaladas por baixo e das marretadas por cima. Os tripés dos pratos fixos adoram deixar-se cair safando-se às porradas mais violentas. As baquettes estão sempre loucas por saltar das mãos e atingir vingativamente o público. No fundo, um baterista está em permanente luta com as leis da física!
(jp)
Excerto de "Filhos do Povo do Sul-Memórias de uma Banda Rock dos Anos 70", ainda sem editor.
4 comments:
TCHHH....JÁ ESTOU CHEIA DE PENA
DOS BATERISTAS....QUE VIDA DIFÍCIL!
QUE LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA1 QUE STRESS, QUE RESPONSABILIDADE...MAS
NO FINAL DO CONCERTO !!!! WAWWW
QUE VICTÓRIA SOBRE TANTA CONTRARIEDADE....HEHE
... Einstein devia ter lido isto... a teoria da relatividade parece-me agora uma coisa simples...
muito extenuante na verdade, coitados dos bateristas!..e de quem é o livro?
É a extenuar que a gente se entende. O livro é de um tal jp...!
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