Passar férias com um bando de teen-agers feminino é para mim coisa estranha, habituado aos meus filhos machos, ausentes por compromissos musicais.
Elas ouvem canções extraordinárias, tipo "chuva de estrelas". Vestem-se e revestem-se, nem que seja só para ir ao supermercado sempre com grande preocupação com a dimensão dos rabos. Observam indumentárias alheias com grande sentido crítico e adoram ir a Espanha comprar gomas e caramelos pelo simples prazer de ir ao estrangeiro. A utilização do telemóvel é constante, lançando "toques" misteriosos para o espaço sideral. Nos intervalos afagam-nos com carinhos de "Tamagoshi".
À tarde, na praia, têm conversas sussurradas, deitadas de costas na areia sensual, conversas que se adivinham sobre namorados ausentes. Amadurecem ao Sol. A pele dia a dia mais morena. Textura de pêssego... É por elas que, há uns anos, nos apaixonaríamos inapelavelmente. Hoje somos vagamente tios a quem é concedido o direito de pagar almoços e emprestar o telemóvel para conversas mais prolongadas.
Estes dias de convívio feminino são a minha oportunidade anual de ver o outro lado do mundo, esse mundo misterioso das juvenis fêmeas.
Em breve voltarei para os meus rapazes, mais sóbrios e intelectuais... Mais artísticos e sombrios.
São as duas faces da mesma moeda. O yin e o yang universais. Depressa dominarão o mundo, principalmente elas... Só espero que me paguem a reforma!
(jp)
4 comments:
Curiosa essa visão.
Um piqueno conselho, se me permite: não apareça ao pé do miudame com a tichârte esburacada. Mesmo que seja uma Lacoste. É que nem sequer a reforma da tichârte lhe vão pagar.
Boni mores não fazem mal a ninguém
hoje somos vagamente tios... comove-me tanto como 'nunca mais brincamos aos médicos'... realmente como dizia o Einstein, que felizmente não era maçon, 'o tempo é o melhor professor, só que mata os nalunos todos'... um bom domingo!
... alunos e não nalunos, que não deixa de ter alguma piada...
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