“Berrão” vem do termo usado para os porcos não castrados. Em Picote há dois “berrões” da família da Porca de Murça. Um foi encontrado em 1952. O outro em 2005.
São estátuas zoomórficas, quase sempre em granito, representando animais terrestres em tamanho natural: porcas; javalis; bodes. Raramente são ursos. Serão da Idade do Bronze e, portanto, pré-célticos (séc. IV a.C.). Só existem em Trás-os-Montes (excepcionalmente, na Beira Alta) e em Espanha, nas províncias de Cáceres, Zamora, Ávila e Salamanca. Estão associados à cultura dos castros e, provavelmente, foram esculpidos pelos Draganos e pelos Zoelas, povos que habitaram esta zona. Estão registados cerca de 400 “berrões” em Portugal e Espanha.
Teriam carácter religioso e sagrado. Os fenícios e os gregos andaram por aqui (1100 a.C.) e subiram o Douro. Com eles vieram tradições, mitos e lendas do Mediterrâneo oriental. Os “berrões” têm uma componente eminentemente lunar, símbolo da fecundidade e da abundância. Por contraste, nota-se a predominância dos cultos taurinos nas regiões a sul do Mondego. Para muitos autores, aos “berrões” transmontanos correspondem, em Espanha, os touros de Guisando (no perímetro de El Tiemblo-Àvila). Se a “porca”, na sua função reprodutiva é a vítima sacrificial dedicada a Deméter, o sacrifício do touro exprime o desejo de uma vida activa no plano espiritual pela superação das paixões animais primitivas (especialmente para o touro, claro). Enfim, o yin e o yang, habituais!
São estátuas zoomórficas, quase sempre em granito, representando animais terrestres em tamanho natural: porcas; javalis; bodes. Raramente são ursos. Serão da Idade do Bronze e, portanto, pré-célticos (séc. IV a.C.). Só existem em Trás-os-Montes (excepcionalmente, na Beira Alta) e em Espanha, nas províncias de Cáceres, Zamora, Ávila e Salamanca. Estão associados à cultura dos castros e, provavelmente, foram esculpidos pelos Draganos e pelos Zoelas, povos que habitaram esta zona. Estão registados cerca de 400 “berrões” em Portugal e Espanha.
Teriam carácter religioso e sagrado. Os fenícios e os gregos andaram por aqui (1100 a.C.) e subiram o Douro. Com eles vieram tradições, mitos e lendas do Mediterrâneo oriental. Os “berrões” têm uma componente eminentemente lunar, símbolo da fecundidade e da abundância. Por contraste, nota-se a predominância dos cultos taurinos nas regiões a sul do Mondego. Para muitos autores, aos “berrões” transmontanos correspondem, em Espanha, os touros de Guisando (no perímetro de El Tiemblo-Àvila). Se a “porca”, na sua função reprodutiva é a vítima sacrificial dedicada a Deméter, o sacrifício do touro exprime o desejo de uma vida activa no plano espiritual pela superação das paixões animais primitivas (especialmente para o touro, claro). Enfim, o yin e o yang, habituais!
jp
3 comments:
Estamos sempre a aprender!
:)
E berronas, não há ???
Há "berroas".
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