Oito elementos constituem o grupo de pauliteiros. Quatro guias e quatro peões. A função dos guias é conduzir o desenrolar da dança, permanecendo quase sempre no mesmo lugar e girando apenas sobre si. Já os peões têm de se deslocar toda a dança, indo ao batimento dos paus (palotes) dos guias.
Esta dança terá origem na clássica dança pírrica dos gregos, dança guerreira, que os romanos propagaram por toda a Península, remanescendo no nordeste transmontano e zona espanhola de Leão.
Na dança pírrica, os dançantes, com armas e escudos de pau, simulavam o ataque e a defesa na batalha. Usavam túnicas vermelhas, cinturões guarnecidos a aço e capacetes emplumados.
O traje dos pauliteiros será o fato do soldado greco-romano estilizado: as saias substituem as túnicas; o lenço sobre os ombros; representa o escudo; os chapéus enfeitados substituem o capacete. A própria evolução da dança tem semelhanças: perseguição, luta, saltos e dança da vitória.
Portanto quem quiser ver centuriões romanos é ir a Miranda. Ultimamente podem também apreciar-se jovens recrutas femininas, dando à dança um toque de requintada sensualidade e subvertendo os valores tradicionais da sociedade guerreiro-machista aqui no nordeste!
Para quando mulheres a dançar o fandango? É este desafio que deixo ao pessoal da lezíria.
jp
4 comments:
Não será bem "ultimamente" que há elementos femininosa dançar com pauzinhos. Há muitos anos, mesmo muitos, já eu (então uma menina) dançava a dança pírrica. Modernices sim, mas não neste assunto. Beijos
Já agora mais uma informação. Também dançava fandango.
É um facto que já há vários anos há grupos femininos de pauliteiros.
Quanto ao fandango, desconhecia.
Palas Athena nasceu da cabeça de Zeus dançando a pírrica... segundo Junito de Souza Brandão, pg. 24, 1987.
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