A total ausência de ombros reconduz a uma função eminentemente reprodutora. Não há provocação, não há sensualidade. A forma oval remete para uma realidade intra-uterina, numa representação alegórica da Mãe-Terra, símbolo da fertilidade e da virtude. Serão felizes estas guitarras?
O sonho de qualquer músico é poder dispôr de mais volume sonoro. A busca de mais volume foi a força impulsionadora da guitarra eléctrica.
Por volta de 1920 o desenvolvimento da tecnologia fonográfica e de rádio haveriam de conduzir ao som amplificado electronicamente.
Em 1924 Gibson desenhou vários protótipos de instrumentos eléctricos. Mas a sua visão foi considerada demasiado futurista pela gestão da companhia. Em 1928 a Vega Corporation apresentou um banjo eléctrico, utilizando um "pick-up" microfónico.
Mas a primeira viola eléctrica foi desenvolvida somente em 1932, pela Ro-Pat-In Corporation (mais tarde Rickenbacker, nome do seu fundador). O sucesso desta viola deve-se, por um lado, ao facto de ter utilizado um "pick-up" de nova geração, o qual fazia a transferência da vibração das cordas através de uma campo magnético que produzia sinais eléctricos e não através da vibração do ar ou da caixa de madeira (como acontecia nos "pick-up" anteriores), permitindo, assim, mais fiabilidade e mais volume sonoro. Por outro lado, Rickenbacker, procurou atingir os músicos que mais precisavam de som extra. Na época eram os tocadores de guitarra havaiana. A electrificação permitia elevar a viola ao nível sonoro do resto da banda.
Assim, as "steel guitars" ou "lap steels" foram as primeiras violas eléctricas com sucesso até à II Guerra Mundial. Destaque para a conhecida "Frying Pan, assim chamada dada a sua forma pequena e circular. A última viola eléctrica da Rickenbacker foi construída em 1970.
jp
Nota: para melhor abranger a complexidade da problemática "ombros", visite www.inteligenciavisual.blogspot.com
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