26.9.07

EPHEDRA

Acordei com falta de inspiração, o que é raro em mim. Não sei que postar. Como seria fácil se tivesse optado pela via política. Não faltam temas todos os dias. Mas não. Armado em intelectual, fiz esta "coisa" que anda por aí numa de pseudo-alternativa, tentando ser original.
Quando, finalmente, me decido a escrever sobre a importância da pimenta na construção do império português, toca o telefone. Dois jornalistas querem entrevistas sobre o "Ephedra", um grupo de rock-progressivo de que faço parte.
Em 1972, quando revolucionámos o panorama musical português numa aproximação aos "Soft Machine" e aos "King Crimson", ninguém ligou nenhuma. Nem sequer gravámos um disco. Agora parece que a moda voltou. Andam todos atrás de nós. Livros. Fotos. Cartazes. Velhas gravações inaudíveis. Propostas para concertos...
Como é bom ser mítico! Começo a sentir-me como o Teseu, o Ícaro ou mesmo o bravo Aquiles. Será que também dá direito à imortalidade? Não é por nada, mas se demorarem 40 anos a descobrir este blogue, dava jeito...
jp

17 comments:

Al Kantara said...

Ninguém ligou nenhuma ? É mentira !!! Até o Zé Nuno Martins te fez um dia uma pergunta sobre a música que faziam e tu respondeste que isso musica era mais com aquele ( e apontaste, salvo erro, para o Paulo que estava menos à beira do colapso...)

maria antunes said...

?

Jorge Pinheiro said...

Por acaso foi o Manel Baião a quem passei a "bola" e ainda estava mais à beira do colapso!
Maria, não tentes perceber. São coisas de cotas e, ainda por cima, músicos!

Anonymous said...

Em que dia é que dão autógrafos?

ortega said...

Estas malta vive toda para o passado. É como a história dos descobrimentos no sec XV. Já pensaram como seria mais interessante arrancar todos os dias amnésico?
nota: Tb fiz parte do grupo do colapso.

ortega said...

Bom olhos te vejam Doll.

Anonymous said...

Escrita, musica e...
supreendente.

Al Kantara said...

Só para evitar confusões, não fiz parte dos Ephedra (sou um bocadinho menos cota...), não dou autógrafos (eu é mais carimbos...), não vivo para o passado mas também não me apetece acordar amnésico (já viste, ortega, todos os dias interrogar-me "qual será o nome desta rapariga tão gira que dormiu comigo hoje ? A cara dela não me é estranha, tenho a certeza que a conheço de qualquer lado...")

Jorge Pinheiro said...

Essa do amnésico não é má ideia. A mulher ao lado é sempre a estrear. Todos os dias tenho amigos novos que tenho de arranjar, desesperadamente, até à meia-noite para no dia seguinte os esquecer. E, melhor de tudo, esqueço tb. a password desta "coisa" evitando incomodar os meus queridos leitores que, aliás, tb.não me lembro quem possam ser.

Jorge Pinheiro said...

Ah, e não nos lembrando do passado, não teremos a noção do que é o presente e não nos vamos lembrar do futuro, que sendo passado quando for novamente presente fica esquecido. Deve ser agradável!

clau said...

Bem, uma caixinha de surpresas! Será que poderemos ouvir algumas dessas músicas do "passado"?

Anonymous said...

Isto de nos metermos em conversas alheias é divertido.. Vamos sabendo coisas.. e nos surpreendendo!

Que bom.. podemos ouvir? é que eu sou um bocado "groupie"..

maria antunes said...

Eu de cotas entendo pouco, então de músicos muito menos.
De qualquer forma, depois avisem quando e onde vai ser o concerto. Já agora também quero um autógrafo do músico, do escritor já tenho...

Anonymous said...

Já tens aqui um bom conjunto de groupies masculinos e femininos, ja podes marcar um tour!

ficamos à espera!...

Jorge Pinheiro said...

Serão avisados, mas ainda faltam uns meses até a coisa estar bem afinada.

Lux Lisbon said...

Músico? Vê lá se esta jornalista qualquer dia também te pede uma entrevista...vou pesquisar...:)

Claire-Françoise Fressynet said...

Xi lala , tenho 1 vaca na ideia