como era conhecida no princípio do séc. XX, ia da praia da Poça a Cascais. O Estoril não existia. Não tinha veraneantes, nem turistas.
Havia nesse ermo umas águas santas que curavam doenças de pele e um convento franciscano dedicado a Santo António, datado de 1527. Ainda hoje lá está a igreja.
A terra era estéril. Só o pinhal crescia. Ia da Poça ao Cabo Raso.
Confinando com o convento, uma única quinta, propriedade de Roque Lopes, mestre das naus da Índia, cuja viúva veio a instituir um morgado. A quinta ocupava toda a baixa do Estoril, onde hoje se situa agora o jardim, o casino e as arcadas.
Os morgadios foram extintos por D. Maria II, na década de 1830. O então morgado, desembargador Monteiro, tratou de vender rapidamente as terras ao deão da Sé de Lisboa, João da Silva Carvalho, o qual as deixou, por testamento, à afilhada, D. Ana da Silva Carvalho, mãe de José Viana que, por sua vez, as vendeu a Fausto Figueiredo e a Augusto Correia de Sousa.
E, assim, começa o moderno Estoril...
jp
Elementos retirados de "Memórias da Linha de Cascais", de Branca de Gonta Colaço e Maria Archer.
1 comment:
O que eu aprendo aqui! Não tinha a mínima noção. É bom conhecer um pouco mais dos lugares por onde andamos.
Post a Comment