Em 1915 fundou-se a "Sociedade Estoril" com o objectivo de construir o novo Estoril, com arruamentos, hotéis e parques.
Desde o séc. XVI que as águas do Estoril tinham fama de águas santas para doenças de pele. Havia três fontes: Poça, Estoril e Santo António do Estoril. D. José I fez uso dessas águas, tendo habitado durante um Verão o Palácio de Pombal, em Oeiras, donde saía todos os dias, de carruagem, a enfiar-se nas tinas rudimentares da fonte de Santo António do Estoril.
Em 1880 José Viana, proprietário das fontes do Estoril e de Santo António, restaurou e modernizou os arcaicos balneários. Em 1892 atingiu o extraordinário número de 30 quartos.
Foi no balneário de José Viana que se fizeram, após 1915, as luxuosas termas do Estoril, junto ao Parque, com portal de arcadas de colunas, hoje o pórtico do Estoril.
No último quartel do séc. XIX o sítio do Estoril era ainda um pequeno lugarejo à beira da estrada de Cascais. Havia praticamente só 0 Convento de Santo António e a quinta de José Viana, com os seus balneários e um grupo e casas de aluguer, conhecido como "o pátio do Viana"; dois fortes já transformados em casas de habitação; a praia do Tamariz, então chamada "do Juncal" e pinhais a perder de vista.
As obras da "Sociedade Estoril" arrasaram "o pátio Viana". Desses tempos, resta o edifício onde está instalada a Pastelaria Garrett...
Texto baseado no livro "Memórias da Linha de Cascais", de Branca de Gonta Colaço e Maria Archer.
No comments:
Post a Comment