5.12.07

BEE GEES 1ST

Ora aqui temos mais um magníficio álbum da colheita de 1967.
Antes de se celebrizarem no "disco sound", com a música do filme "Saturday Night Fever" (1977), os três irmãos Gibb entraram no mercado inglês pela mão de Brian Epstein, produtor dos "Beatles".
Os "Bee Gees" eram um grupo perfeitamente secundário, cujo relativo sucesso, na época, se ficou a dever à diferenciação relativamente ao que então se fazia. Cantavam baladas orquestrais a três vozes, em contraponto com o rock poderoso dos "Stones" ou dos "Who", ou com o psicadelismo que começava a despontar com a afirmação dos "Pink Floyd".
Embora vagamente pirosos, os BG foram de grande utilidade. Quem não se recorda de músicas como "To Love Somebody" ou "Holiday", essenciais para "constituir família" nas festas de garagem na obscuridade encarniçada das luzes esmorecidas? Quem nunca teve o seu enamoramento ou um pequeno "flirt" ao som deste disco?
Para mim teve utilidade acrescida. No Verão de 67 já eu cantava em falsete arrabichado a segunda voz de "Haliday", enquanto um futuro cantor de intervenção reberverava, em tremolo constante, a primeira voz. As letras eram parcialmente aldrabadas, mas funcionavam. Tocávamos no "Sir Harris Bar", bem no centro da típica Albufeira. Cervejas à descrição para nós e para mais dois amigos que, sem dotes vocais evidentes, participavam connosco num desporto que então despontava: a caça às "bifas".
Acompanhei a carreira dos BG por por mais dois álbuns... e as "bifas" corresponderam ao esforço.
jp

3 comments:

Al Kantara said...

Meu amigo Expresso, que passado tenebroso!... Cantar Bee Gees para sacar bifas é um segredo sinistro que o meu amigo deveria manter confidencial. Qualquer dia, vamos saber que o meu amigo trauteou o "Sugar" ao ouvido de alguma bifa para dela conseguir vantagem de carácter lúbrico. Que vergonha...

António P. said...

Al Kantara,
A carne é fraca e o nosso amigo Expresso está numa de nos confidenciar os seus pecados juvenis.
Mas há que reconhecer que pecou por uma boa causa.
Abraços

Anonymous said...

É isso mesmo, querido expresso. Liberta-te! Solta a franga! Let it all out! C'mon, c'mon! Oh, my God! Yeeeeeaah!