2.2.08

EFEMÉRIDE - FILIPA DE LENCASTRE

Na confusão dinástica que se seguiu à morte de D. Fernando (1383) e à tentativa de Leonor de Teles e do seu "amigo" João Fernandes Andeiro de tomada do poder, a favor dos castelhanos, D. João, Mestre de Avis, filho natural de D. Pedro e da dama galega Teresa Lourenço, aceita o plano para eliminar Andeiro. Em 6 de Outubro é feito "defensor e regedor do reino" e as cortes de Coimbra de 1385 elegem-no rei.
A guerra com Castela era inevitável, dadas as pretensões de D. João de Castela, casado com D. Beatriz, filha de D. Fernando e de Leonor de Teles.
A salvação esteve na estratégia displicente dos castelhanos, que contribuíu para o desastre de Aljubarrota, e no apoio da Inglaterra que connosco celebrou o Tratado de Windsor (1386), sendo rei Ricardo II. Como parte do Tratado, D. João I casou com Filipa de Lencastre, neta de Eduardo III. O casamento realizou-se no Porto a 2 de Fevereiro de 1387. Portugal, para fugir à pata castelhana, enfiou-se debaixo das saias inglesas que, desde então, não mais cessou de nos colonizar economicamente e de influenciar a nossa política externa.
As questões dinásticas e as paixões reais, nas suas sequelas políticas, são um problema difícil de ultrapassar para os regimes monárquicos no seu confronto com os regimes republicanos. Vamos supôr que Cavaco se apaixonava pela primeira-ministra alemã, enjeitando a Tia Maria... A independência não ficava em perigo!
jp

4 comments:

Anonymous said...

Tu não sabes é que por detrás de cada tratado europeu está um grande amor.

Al Kantara said...

E se o mesmo Cavaco, num arroubo de paixão intempestiva, se apaixonasse pela Carla Bruni? Estaríamos sujeitos a uma quarta invasão francesa ? E quem enviaria Sarkozy para lavar a honra ? Estaria o Tratado Europeu em risco ?

Jorge Pinheiro said...

Tudo questões pertinentes.

ortega said...

E eu a pensar que D. João I era filho de D. Pedro e de D. Inês de Castro. Quanto à questão da nossa aliança com Inglaterra em desfavor da união com Espanha, penso que se explica por Portugal ser a ovelha negra e ressabiada da família ibérica.