Fugídios, mal se deixam fotografar. Vêm da nascente até à foz em habitats sucessivos construídos com desvelo por mãos humanas que a eles se dedicam a tempo inteiro. Tudo peixes de água doce. Alguns, como o esturjão e o saramugo, estão em vias de extinção e encontram ali um refúgio santificado. As lontras, traquinas, fazem habilidades para a fotografia. Peixes de rios tropicais observam-nos pintados de azul e amarelo. A anaconda dorme enrolada uma sesta infinita. Pequenas rãs venenosas exibem o seu colorido acrílico na humidade de um Amazonas simulado. As piranhas quedam-se na surpresa da vítima ensanguentada. Excursões infinitas lançam camionetas de peregrinos em pleno Parque Ecológico do Gameiro, perto de Cabeção, a maior mata de pinheiros mansos da península. Este é o maior fluviário da Europa, aqui no meio de nada, no Alentejo profundo. De repente tornou-se um "must". Uma iniciativa estruturante e estimulante. O fluviário aproveita as águas da ribeira da Raiva que, mais à frente, se junta com a ribeira do Soure e forma o Sorraia, afluente do Tejo. Zona fascinante e por descobrir. As fotos antecedentes são a prova.
Já agora fique a saber que os peixes nunca dormem e que quando uma rã coaxa em pleno dia é sinal de chuva!
jp
1 comment:
Também já lá estive e gostei! ;)
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