DESCOBERTA E POVOAMENTO

Ilhas inabitadas, já delas havia conhecimento no séc. XIV. É Diogo Silves o seu descobridor oficial, tendo alcançado a ilha de Santa Maria, a ilha mais oriental. Em 1431, o Infante D. Henrique encarrega Gonçalo Velho do reconhecimento e cartografia do arquipélago, tendo sido descobertas mais sete ilhas (entre elas a ilha de Jesus, hoje Terceira). A partir de 1439 as ilhas começaram a ser povoadas por portugueses e flamengos. Propriedade pessoal do Infante, as ilhas foram distribuídas por capitães-donatários (regime que seria depois exportado para o Brasil), que se encarregavam da justiça, cobravam os impostos e distribuíam as terras pelos colonos. Rapidamente as ilhas se transformaram num centro de produção de trigo e leite que exportavam para o continente. Os primeiros povoadores foram casais mouriscos, cujo chefe era Jorge Velho, todos eles criados do Infante. Mais tarde veio gente do Algarve a mando do Infante. As primeiras ilhas a ser habitadas foram Santa Maria e S. Miguel (o grupo oriental). Na Terceira há dúvidas quanto ao povoamento. Com segurança sabemos que o flamengo Jácome de Bruges foi dos primeiros e teve a capitania da ilha, com sede na actual Praia da Vitória. Em 1461 (um ano depois da morte do Infante) chega à ilha Álvaro Martins Homem com instruções do Infante D. Fernando para tomar posse da capitania. O choque com Jácome de Bruges é evidente. Já depois da morte deste, a mulher, D. Beatriz, acaba por repartir a capitania em duas: João Vaz Corte- Real fica com a de Angra e a da Praia com Álvaro Martins Homem. O regime dos capitâes-donatários duraria até ao princípio do século XIX, altura em que foi substituído pelo regime do capitães-generais (uma espécie de governador), ao tempo de D. Pedro IV de Portugal, I do Brasil.

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Na foto pode ver-se ao fundo a cidade de Angra do Heroísmo e o Monte Brasil, ligado à ilha por um istmo e onde Filipe I construíu a segunda maior fortaleza hispânica do mundo. As muralhas rodeiam todo o Monte Brasil e os canhões estão virados para terra, como forma de intimidação dos apoiantes do prior do Crato.