26.7.08

PROCURADO E MAL PAGO

As sugestões que deram não me convenceram. Resolvi ir ver "Procurado". Não sei porquê, mas também não interessa nada. Um sério candidato a qualquer coisa!
O garoto era filho do pai que talvez fosse um, talvez fosse o outro, sendo ambos membros da milenar Irmandade dos Tecelões que protegia não interessa que interesses. O filme não explica e, de facto, é absolutamente irrelevante. O Morgan Freeeman é que sabia, mas também não dizia, o que, mais uma vez, não interessa para nada.
O garoto anda a ser perseguido. Não se sabe porquê, nem interessa. A Angelina Jolie entra de supetão em pleno supermercado, salva o puto que está prestes a levar um tiro do pai que é pai, mas nós julgamos que não é. Ambos se perdem em correrias loucas com balas tracejantes em todas as direcções, carregadas de efeito e intenção. Muito material destruído mais tarde, o rapaz acaba recrutado para a poderosa organização dos Tecelões. Semanas de treino intenso, à base de murros na tromba, corridas no tejadilho de comboios de alta velocidade e queda livre do alto de arranha-céus, ele aprende, finalmente, a disparar com efeito. Este é o grande truque dos verdadeiros tecelões e o "leitmotiv" de todo o filme: as balas com efeito contornam obstáculos antes de se alojar, inapelavelmente, na vítima que se julga protegida. Só disponível a predestinados. Era o caso do puto, que saía ao pai que, como já vimos, não sabemos quem era, nem ele!
As vítimas são nomes codificados que saem em ponto de cruz na malha do Grande-Tear que só o Freeman controla. Nesta altura, embora isso não interesse para nada, começamos a desconfiar deste velhote, o qual, por seu turno também começa a desconfiar que está ali só para a reforma.
O puto vai matando só para treinar o efeito de trivela e torna-se um especialista. As balas emergem de todas as direcções, inesperadamente despenhadas nas pipocas em balde no efeito sonoro dos alarves que me ladeiam.
No fim o rapaz, já completamente baralhado, mata o pai julgando não ser o filho, enquanto o que não era pai mata o filho que julgava ser pai. Enfim, não interessa nada! Finalmente o "mau" era mesmo o Freeman, que inventava os nomes do tear e matava quem queria, não se sabe porquê, mas também não interessa. A Organização estava viciada (o que quer que isso fosse). Com as pistolas todas apontadas uns aos outros, numa sequência de "grande-finalle", a Angelina tem um assomo de inteligência intuitiva e dispara carregada de efeito de tal forma que a bala, sempre em trajectória circular, mata o Freeman e mais 7 capangas por atravessamento occipital, alojando-se, finalmente, no cérebro de si própria, deixando o puto entregue à orfandade total, agora que lhe estava a tomar o gosto... Vai uma coca-cola?
jp

7 comments:

GUGA ALAYON said...

ahahahahahaha. Demais...
mas não importa.
abç

Al Kantara said...

Coca Cola ? Só se for com muito gelo, se faz favor...

Anonymous said...

Prefiro ler seus relatos, do que assistir ao filme. Não, obrigado, parei de tomar refrigerantes de qualquer espécie! Quero ficar para SEMENTE!

Alice Salles said...

nem tomo coca-cola mas o filme é confuso mesmo! hahahh

Silvares said...

Amigo meu, talvez deveses ter seguido algum dos conselhos que te deixaram no post anterior. Eu que até sou consumidor de filmes desse género (e de muitos outros géneros) não irei assistir a esse Procurado por ter visto a apresentação e ter ficado de pé atrás. Mesmo os filmes de merda têm limites e podem ser escalonados. Esse aí tem aspecto de ser fundo de penico!
:-)

Jorge Pinheiro said...

Pois é, mas se não fosse ver não tinha material para post... Tenho de alimentar o meu blogue!

Isabel Magalhães said...

JP;

Esse sentido de humor está o MÁXIMO! ;)