Músico sofre… Sofre e ainda paga para tocar!Em 1971 já pagávamos mensalmente 6.892$00, em 24 suaves prestações. Letras sacadas a Pinto de Magalhães Banqueiros para liquidação da aparelhagem comprada na velha Gouveia Machado, na Rua de S. José, que estava, então, na vanguarda dos equipamentos para bandas rock.
A preços de hoje, seriam cerca de 250 contos ou seja, de 1250 euros por mês. Isto durante dois anos! Como devem calcular, vivíamos e dormíamos para a “letra” e com a “letra”. O fim do mês era constante paranóia que nos obrigava angariar fundos de qualquer maneira. Chegámos à vergonha de ter de fazer bailaricos de finalistas e, mesmo assim, quando não dava, recorríamos empréstimos de familiares e amigos: 100 escudos a este; 500 àquele; 1000 paus em situações desesperadas. Assim nos fomos endividando com os nossos próprios “groupies”, formando uma espécie de sociedade em comandita que se regia por: “recebem quando for possível”. Alguns ainda hoje têm quota… ou será cota?
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4 comments:
Comovente a participação de tios, mães e até avós...
"Mãi" escrito com "i"? Isso deve ser uma história do sec. XIX!
Al:Pois é comovente agora, mas na altura não era nada!
Ortega: ainda te lembravas desta lista? Não sei de quem será a letra... Minha não é!
Devias dinheiro à Zica e ela ainda te faz saladinhas de flores? Grande amiga!
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