Como dizia Santo Agostinho, o tempo não existe: o passado já passou; o futuro ainda não chegou; o presente acabou de passar. Arnaldo Rocha é um agente especial da poderosa “Organização” que tenta, desesperadamente, criar o “Quinto Império”, a união do norte e do sul, do leste e do oeste. Arnaldo Rocha percorre o tempo atrás do mito.
Publicação simultânea, em episódios, no Brasil (“Quem Conta um Conto”) e em Portugal (“Expresso da Linha”), todas as terças e sextas feiras.
Publicação simultânea, em episódios, no Brasil (“Quem Conta um Conto”) e em Portugal (“Expresso da Linha”), todas as terças e sextas feiras.
EPISÓDIO VI I(continuação)
Efectivamente, a missão “pax romana” não podia estar a correr melhor. No início daquele ano 60 antes do futuro Cristo, Arnaldo Rocha fora chamado à sede da “Organização”, instalada nos labirintos da pirâmide de Keops. As ordens foram muito precisas: ”Temos de fundir todos os povos. Unir leste a oeste. Construir o mundo global. Centralizar o poder. Dar ao povo pão e circo e, acima de tudo, evitar religiões. Por isso a república romana está condenada. Perdeu vitalidade e controle. Tem de cair. Temos de passar ao Império. O problema é saber quem será o primeiro imperador. Essa é a tua missão, Arnaldo. Vai, segue para Roma. Descobre o primeiro imperador”.
Enquanto Catão berrava no Senado contra os riscos da ditadura que se adivinhava, César, Crasso e Pompeu reuniram-se em Lucca, em Abril de 56 antes do tal Cristo, para renovarem o pacto. A República parecia tranquila e, no entanto, aproximava-se do fim. Pompeu faz-se marido de Júlia. César avança para a Gália. Crasso prepara uma grande expedição contra os Partos.
Efectivamente, o pacto garantia a Crasso o consulado em Roma e o proconsulado in Siria per un quinquennio con il compito di condurre guerra ai Parti. La spedizione, voluta per desiderio di emulare la gloria bellica dei due colleghi e di accrescere le proprie richezze. Per mancanza di preparatione e per inesperienza si risolse in una delle più gravi catastrofi della storia militare romana.
No ano 54 a.C., enquanto a Gália se revolta sob a chefia de Vercingetórix, Crasso mergulha com as suas legiões na Mesopotâmia. Crasso passa o Eufrates em pose descontraída. Em traje de piquenique. Julgava encontrar povos helenizados. Enganou-se!
Os cavaleiros inimigos não davam combate. Os Partos eram uma variedade de Citas com mistura de sangue mongólico. Os seus arcos disparavam “flechas cantantes”. Depois desapareciam. Os Partos usavam o arco compósito feito de cinco lâminas de chifre, como as molas de uma carruagem. Um arco curto, extremamente difícil de flectir. Dava à flecha uma trajectória recta, um notável alcance e um zunido impressionante. Era o arco de Ulisses, desaparecido do Mediterrâneo por falta de animais para fornecer chifres. Sobreviveu como “arco mongólico”.
Em 28 de Maio de 53, as legiões estavam exaustas. Desgastadas pela fome, calor e sede, sem conseguir ver o inimigo. Crasso, desesperado, decide enfiar por um desfiladeiro para abreviar o combate. Abreviou a vida a vinte mil legionários. Os Partos obstruíram os acessos e só pararam quando as flechas acabaram. Foi a batalha de Carras.
Crasso escapou milagrosamente. Quis negociar. Esqueceu-se que não estava em Roma. Foi aprisionado e despejaram-lhe ouro fundido pela garganta abaixo como recompensa da sua carreira de usurário.
Enquanto Catão berrava no Senado contra os riscos da ditadura que se adivinhava, César, Crasso e Pompeu reuniram-se em Lucca, em Abril de 56 antes do tal Cristo, para renovarem o pacto. A República parecia tranquila e, no entanto, aproximava-se do fim. Pompeu faz-se marido de Júlia. César avança para a Gália. Crasso prepara uma grande expedição contra os Partos.
Efectivamente, o pacto garantia a Crasso o consulado em Roma e o proconsulado in Siria per un quinquennio con il compito di condurre guerra ai Parti. La spedizione, voluta per desiderio di emulare la gloria bellica dei due colleghi e di accrescere le proprie richezze. Per mancanza di preparatione e per inesperienza si risolse in una delle più gravi catastrofi della storia militare romana.
No ano 54 a.C., enquanto a Gália se revolta sob a chefia de Vercingetórix, Crasso mergulha com as suas legiões na Mesopotâmia. Crasso passa o Eufrates em pose descontraída. Em traje de piquenique. Julgava encontrar povos helenizados. Enganou-se!
Os cavaleiros inimigos não davam combate. Os Partos eram uma variedade de Citas com mistura de sangue mongólico. Os seus arcos disparavam “flechas cantantes”. Depois desapareciam. Os Partos usavam o arco compósito feito de cinco lâminas de chifre, como as molas de uma carruagem. Um arco curto, extremamente difícil de flectir. Dava à flecha uma trajectória recta, um notável alcance e um zunido impressionante. Era o arco de Ulisses, desaparecido do Mediterrâneo por falta de animais para fornecer chifres. Sobreviveu como “arco mongólico”.
Em 28 de Maio de 53, as legiões estavam exaustas. Desgastadas pela fome, calor e sede, sem conseguir ver o inimigo. Crasso, desesperado, decide enfiar por um desfiladeiro para abreviar o combate. Abreviou a vida a vinte mil legionários. Os Partos obstruíram os acessos e só pararam quando as flechas acabaram. Foi a batalha de Carras.
Crasso escapou milagrosamente. Quis negociar. Esqueceu-se que não estava em Roma. Foi aprisionado e despejaram-lhe ouro fundido pela garganta abaixo como recompensa da sua carreira de usurário.
(continua na 3ª feira)
jp
2 comments:
Pois é, a batalha de Alesia na qual a Gália de Vercingetórix foi derrotada pelos romanos é um marco na história da França. E quanto ao Oriente Médio, foi durante séculos um fluxo e refluxo de invasões dos europeus e turcos na direção da Ásia e dos mongóis em direção da Europa.
E pensar que Arnaldo Rocha assistiu a tudo isto...
Esta série continua uma delícia!
Abraços e um bom fim de semana.
Pois é, ele andou por todo lado. Vai ver que ainda é o responsável pelos Descobrimentos!
Post a Comment