Muitos de nós estavam naquilo há cinco, seis anos. Quando começámos tínhamos 17 ou 18. Andávamos ainda no liceu. Procurávamos um sonho. Uma vida diferente da dos nossos pais… Uma utopia!
Agora, em 1975, a maioria tinha já 22 ou 23 anos. Alguns, tropa feita. Outros, faculdades a acabar. Muitos de nós casados. A utopia cada vez mais longe!
De 70 a 75 muita coisa tinha mudado: o mundo; o país; as nossas vidas; as nossas expectativas…
Os nossos pais continuavam a sustentar-nos mesmo casados e tudo. Mas por quanto tempo mais? Estávamos a adiar, sempre a adiar. O “Ephedra” serviu de pretexto. Nunca conseguiríamos ter êxito? Não tínhamos talento? Haveria mercado para nós? Deixar a música era deixar o sonho. Deixar o sonho era passarmos a ser adultos!
À nossa volta tudo tinha mudado. O “progressivo” desaparecia rapidamente. Um movimento efémero. Hoje, existe apenas para "entendidos" e coleccionadores.
Em 75 o mundo queria voltar a dançar. Queria “disco sound”, queria “funk”. Em Portugal, era mais baladas revolucionárias e o começo de grupos “folk” de segunda geração, como a “Banda do Casaco” ou os “Trovante”.
Em 75 tentávamos ainda adiar o inevitável. Mas as decisões aproximavam-se inexoravelmente!
Agora, em 1975, a maioria tinha já 22 ou 23 anos. Alguns, tropa feita. Outros, faculdades a acabar. Muitos de nós casados. A utopia cada vez mais longe!
De 70 a 75 muita coisa tinha mudado: o mundo; o país; as nossas vidas; as nossas expectativas…
Os nossos pais continuavam a sustentar-nos mesmo casados e tudo. Mas por quanto tempo mais? Estávamos a adiar, sempre a adiar. O “Ephedra” serviu de pretexto. Nunca conseguiríamos ter êxito? Não tínhamos talento? Haveria mercado para nós? Deixar a música era deixar o sonho. Deixar o sonho era passarmos a ser adultos!
À nossa volta tudo tinha mudado. O “progressivo” desaparecia rapidamente. Um movimento efémero. Hoje, existe apenas para "entendidos" e coleccionadores.
Em 75 o mundo queria voltar a dançar. Queria “disco sound”, queria “funk”. Em Portugal, era mais baladas revolucionárias e o começo de grupos “folk” de segunda geração, como a “Banda do Casaco” ou os “Trovante”.
Em 75 tentávamos ainda adiar o inevitável. Mas as decisões aproximavam-se inexoravelmente!
jp
8 comments:
Era hora de tratar da vidinha...
Pois, um empreguinho das nove às cinco, tão bom...
Pelo que vejo na foto, nos anos 70 as calças assentavam mesmo bem nos rabiosques dos músicos.
Daí a presença das "groupies"?
Será que sexta seremos presenteadas com uma indumentária bem ajustada ao corpo ou largueirona a esconder a flacidez do músculo?
Não me digam que vai ser só música?
Oh Expresso, a flacidez do músculo ? Se fosse comigo, eu aparecia era de calça de napa brilhante e justa ( só p'ra realçar o músculo...)
Pois aquilo na época era muito ajustado e o músculo ressentia-se. Andava sempre a querer saltar, mas estava aprisionado. Agora, menos ajustado, o músculo está mais solto, mais leve, enfim salta melhor. Por isso não é só música...
75... ena pá! Isso é tão longe para trás como na altura era longe para a frente. Lembro-me de imaginar como seria eu no ano 2000. Desistia sempre por não ter imaginação que chegasse tão longe. E agora... agora já lá vai e até já me esqueci de como fui. Em 75 e em 2000.
Conheço gente que ainda vive assim... eternamente adiando o inevitável, até o fim dos dias....
O que tem de mais interessante o passado é quereremos lembrar-nos dele. Há passados que não gostamos de lembrar. Outros sim. Isto porque, como é óbvio, não conseguimos lembrar-nos do futuro. Este passado ficou-me gravado. Depois foi só escrever.
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