Em finais de 74, no Largo da Estação de Paço D’Arcos, num prédio modernaço, recém construído, nasceu um dos primeiros “shoppings” da linha, o “Centro Comercial Aries”. Quem vê hoje a decadência daquele espaço, não imagina os corredores cheios de famílias em romagem nocturna ou de fim-de-semana como se fora o “Colombo”.
Um amigo, o J.R., rapaz de iniciativa e muita inconsciência, resolveu ficar com a exploração de todo o “shopping” e desatou a chagar os amigos para lhe arrendar lojas.
Eu caí na asneira de ficar com a loja nº13 dedicada a artesanato. Mais propriamente “artesanato – venda de peças e outras regionais”, como oficialmente se designava a actividade no impresso da contribuição industrial que, de imediato, comecei a liquidar.
Passei também a ter a ter cartão de comerciante e uma auspiciosa carreira de empresário por conta própria que, no ano seguinte, se estendeu aos “comes e bebes”.
A “Loja de Artesanato” tinha um projecto inovador para a época: uma linha de mobílias “hippy”, simples e baratas, dirigida a jovens em princípio de vida. Ia-se ao Minho buscar maceiras, louceiros, arcas, bancos, cadeiras e mesas de cozinha, tudo em pinho verde para mais tarde empenar. Depois faziam-se ligeiras transformações psicadélicas… e já está!
Do Minho vinham também canecas vidradas de cores garridas; canjirões para vinho; jarras “mamudas” e peças de barro extralúcidas do Mistério e da Rosa Cota, que ainda cheguei a conhecer. Do Algarve vinham cestos e esteiras de empreita, comprados nos armazéns de Loulé. Também havia peças de amigos à comissão… Enfim, nada que não exista hoje em pelo menos 3.500 lojas e barracas espalhadas pelo pais fora. Agora em 75, em Paço D’Arcos… era inovação!
O Centro Comercial dispunha de lojas variadas. Cá em cima, uma elegante loja de peixes decorativos. Lá em baixo, dois bares: um mais nocturno, chamado “Zodíaco”, explorado directamente pela gerência e que normalmente estava às moscas e, na outra ponta, um café-bar desbundado colectivamente pela maralha de Paço D’Arcos e Caxias, alcunhado de “Bar do Pio”. Tinha máquinas de jogo tipo “flippers”, barulheira e, acima de tudo, o “Salta-me a Cuca”, um “shot” inventado num momento de rara lucidez e que consistia em misturar tudo o que havia disponível na garrafeira, duas pedras de gelo e… salta-me a cuca!
Entre os dois bares um sinuoso corredor com uma profusão de lojas prontas a servir o cliente mais afoito: retrosaria; perfumaria; pronto-a-vestir; artesanato e loja de fotografias.
A “Foto Aries” era mesmo em frente do “Artesanato”. Logo a seguir o café-bar. Era a zona “freak” do Centro.
A “Foto Aries” era explorada pelo Roberto, pelo Zé Maria e pelo Zé Octávio. Vendiam rolos; revelavam; aumentavam… o costume. A câmara escura era o local mais apetecível de todo o Centro: enrolava-se; charrava-se; apalpava-se… até servia de gabinete de provas para as miúdas que na altura estavam numa de confeccionar a própria roupa.
Neste súbito afã empresarial, juntei-me a uns amigos para explorar um bar/restaurante. Foi uma das piores iniciativas que tive em toda a minha vida. A coisa passou-se ali em Caxias, terra morta, de difícil acesso, ao lado da fedorenta ribeira de Laveiras. Acresce que ninguém tinha qualquer experiência de restauração.
A casa tinha um só piso em L, com logradouro vasto, pequeno parque para crianças com baloiços e escorrega, pintada em cal branca e janelas enquadradas a azul, tipo alentejano.
Tomámos aquilo de exploração e procedemos a remodelação total para a qual convocámos todos os amigos, a troco de cerveja gratuita.
Eu fiquei com o restaurante. Chamava-se “Cozinha da Cartuxa”. Os sócios eram o Zé Tó, que oferecia a grande vantagem do pai ter uns talhos e a enorme desvantagem de beber que nem uma esponja; o Jó, que só tinha desvantagens e o João e a Raquel, que se encarregaram da cozinha, coisa que nos pareceu o mínimo indispensável para abrir um restaurante.
O bar ficou para o Xico Zé e o Zé Carlos (primeiro baterista do “Ephedra”, há muito retirado das lides).
O modelo de negócio era simples. À noite os clientes empanturravam-se primeiro no restaurante e seguiam ao bar onde passariam a noite a beber cervejolas, whiskies de malte e tostas mistas, até cair para o lado. Às vezes até havia música ao vivo. Ao almoço seria mais para negócios. Aos fins de semana famílias inteiras de caxienses acorreriam, depois da missa, deixando os petizes entretidos no parque infantil, enquanto aumentavam o colestrol nas mesas comunitárias do refeitório.
O restaurante foi a primeira “tasca moderna” da região de Lisboa e Vale do Tejo. Paredes brancas, mesas pretas com tampo de mármore e bancos corridos igualmente em preto. Chão de tijoleira. Por cima de cada mesa candeeiros psicadélicos pintados pelo Paulo, contrastando no branco e preto da sala. O serviço era muito informal… mesmo muito informal!
As especialidades da casa eram o “bifinho à Cartuxa” (um vulgar bitoque com molho de natas), açorda de gambas (infelizmente ainda sem o delicioso “tabopan” de marisco), a feijoada à transmontana (com couve galega, como mandam as regras) e os pudins cabo verdianos da "titi", mãe do Roberto. Tudo regado a vinho de jarro sacado directamente da pipa.
Como sempre, e por exclusão de partes, acabei empurrado para tarefas logísticas. Duas vezes por semana pelas sete da manhã ia à Ribeira ou ao Mercado Abastecedor (ali ao Campo Grande) e escolhia peixe fresco, frutas e legumes, sacas de batatas e cebolas. Uma vez por mês ia a Nelas buscar vinho regional e ao Alentejo buscar queijinhos de cabra e de ovelha.
Tinha comprado uma velha carrinha Morris em 5ª mão daquelas que andam permanentemente engasgadas e pegam de empurrão, poluindo a estratosfera de puro gasóleo e com uma incorrigível tendência para fugir para a esquerda. Percorri o pais no abastecimento para o restaurante; na aquisição de artesanato para a loja; no transporte do material ephedriano. Por isso não se admirem se ainda hoje souber escolher um goraz ou se conhecer uma recôndita estrada secundária atrás das moitas.
No restaurante o serviço era um primor post-moderno. O Jó encarava placidamente os clientes com a cinza pendente no cigarro pendurado, enquanto tirava os pedidos coçando crostas na cabeça com a tampa da caneta “Bic”. O Zé Tó esgotava, com denodada preserverança, a reserva de conhaque “Rémy Martin” e atirava com garfos para cima de ovos estrelados, rebentando a gema à vista dos comensais estupefactos. Os bifes, na ânsia de ser comidos, saltavam para o chão como se tivessem molas. De tempos a tempos, uma beata de cigarro despontava irreverente no meio da feijoada. Lá dentro, na cozinha, os cães do João e da Raquel passeavam impunes, soltando livremente pulgas e carraças no chão peganhoso de desperdícios oleosos. Eu servia copos de três atrás do balcão tentando passar despercebido, preocupado com as precárias entradas de caixa.
Um dia saiu uma crítica favorável no “Expresso”. Foi um desastre. No fim de semana seguinte a invasão foi tal que rompeu os abastecimentos. Os clientes esperaram horas enquanto corríamos a casa dos pais tentando encontrar desesperadamente meia dúzia de ovos, um reforço de fruta, restos de entrecosto… O serviço às mesas tornou-se de abandalhado em inexistente. Todos nos refugiávamos na cozinha recusando enfrentar as reclamações da clientela que debandou enraivecida sem pagar a conta.
E a paz voltou. Essa paz que nos permitia jantar sossegadamente com os amigos, devastando a garrafeira sem risco de ser incomodados por um intrépido cliente exigindo ser atendido!
Obviamente as dúvidas sobre a viabilidade do negócio cresciam, mas ninguém sabia avaliar a situação. A bem dizer ninguém sabia fazer contas. Era a chamada gestão permanentemente corrente. Ou seria decorrente?
Um amigo, o J.R., rapaz de iniciativa e muita inconsciência, resolveu ficar com a exploração de todo o “shopping” e desatou a chagar os amigos para lhe arrendar lojas.
Eu caí na asneira de ficar com a loja nº13 dedicada a artesanato. Mais propriamente “artesanato – venda de peças e outras regionais”, como oficialmente se designava a actividade no impresso da contribuição industrial que, de imediato, comecei a liquidar.
Passei também a ter a ter cartão de comerciante e uma auspiciosa carreira de empresário por conta própria que, no ano seguinte, se estendeu aos “comes e bebes”.
A “Loja de Artesanato” tinha um projecto inovador para a época: uma linha de mobílias “hippy”, simples e baratas, dirigida a jovens em princípio de vida. Ia-se ao Minho buscar maceiras, louceiros, arcas, bancos, cadeiras e mesas de cozinha, tudo em pinho verde para mais tarde empenar. Depois faziam-se ligeiras transformações psicadélicas… e já está!
Do Minho vinham também canecas vidradas de cores garridas; canjirões para vinho; jarras “mamudas” e peças de barro extralúcidas do Mistério e da Rosa Cota, que ainda cheguei a conhecer. Do Algarve vinham cestos e esteiras de empreita, comprados nos armazéns de Loulé. Também havia peças de amigos à comissão… Enfim, nada que não exista hoje em pelo menos 3.500 lojas e barracas espalhadas pelo pais fora. Agora em 75, em Paço D’Arcos… era inovação!
O Centro Comercial dispunha de lojas variadas. Cá em cima, uma elegante loja de peixes decorativos. Lá em baixo, dois bares: um mais nocturno, chamado “Zodíaco”, explorado directamente pela gerência e que normalmente estava às moscas e, na outra ponta, um café-bar desbundado colectivamente pela maralha de Paço D’Arcos e Caxias, alcunhado de “Bar do Pio”. Tinha máquinas de jogo tipo “flippers”, barulheira e, acima de tudo, o “Salta-me a Cuca”, um “shot” inventado num momento de rara lucidez e que consistia em misturar tudo o que havia disponível na garrafeira, duas pedras de gelo e… salta-me a cuca!
Entre os dois bares um sinuoso corredor com uma profusão de lojas prontas a servir o cliente mais afoito: retrosaria; perfumaria; pronto-a-vestir; artesanato e loja de fotografias.
A “Foto Aries” era mesmo em frente do “Artesanato”. Logo a seguir o café-bar. Era a zona “freak” do Centro.
A “Foto Aries” era explorada pelo Roberto, pelo Zé Maria e pelo Zé Octávio. Vendiam rolos; revelavam; aumentavam… o costume. A câmara escura era o local mais apetecível de todo o Centro: enrolava-se; charrava-se; apalpava-se… até servia de gabinete de provas para as miúdas que na altura estavam numa de confeccionar a própria roupa.
Neste súbito afã empresarial, juntei-me a uns amigos para explorar um bar/restaurante. Foi uma das piores iniciativas que tive em toda a minha vida. A coisa passou-se ali em Caxias, terra morta, de difícil acesso, ao lado da fedorenta ribeira de Laveiras. Acresce que ninguém tinha qualquer experiência de restauração.
A casa tinha um só piso em L, com logradouro vasto, pequeno parque para crianças com baloiços e escorrega, pintada em cal branca e janelas enquadradas a azul, tipo alentejano.
Tomámos aquilo de exploração e procedemos a remodelação total para a qual convocámos todos os amigos, a troco de cerveja gratuita.
Eu fiquei com o restaurante. Chamava-se “Cozinha da Cartuxa”. Os sócios eram o Zé Tó, que oferecia a grande vantagem do pai ter uns talhos e a enorme desvantagem de beber que nem uma esponja; o Jó, que só tinha desvantagens e o João e a Raquel, que se encarregaram da cozinha, coisa que nos pareceu o mínimo indispensável para abrir um restaurante.
O bar ficou para o Xico Zé e o Zé Carlos (primeiro baterista do “Ephedra”, há muito retirado das lides).
O modelo de negócio era simples. À noite os clientes empanturravam-se primeiro no restaurante e seguiam ao bar onde passariam a noite a beber cervejolas, whiskies de malte e tostas mistas, até cair para o lado. Às vezes até havia música ao vivo. Ao almoço seria mais para negócios. Aos fins de semana famílias inteiras de caxienses acorreriam, depois da missa, deixando os petizes entretidos no parque infantil, enquanto aumentavam o colestrol nas mesas comunitárias do refeitório.
O restaurante foi a primeira “tasca moderna” da região de Lisboa e Vale do Tejo. Paredes brancas, mesas pretas com tampo de mármore e bancos corridos igualmente em preto. Chão de tijoleira. Por cima de cada mesa candeeiros psicadélicos pintados pelo Paulo, contrastando no branco e preto da sala. O serviço era muito informal… mesmo muito informal!
As especialidades da casa eram o “bifinho à Cartuxa” (um vulgar bitoque com molho de natas), açorda de gambas (infelizmente ainda sem o delicioso “tabopan” de marisco), a feijoada à transmontana (com couve galega, como mandam as regras) e os pudins cabo verdianos da "titi", mãe do Roberto. Tudo regado a vinho de jarro sacado directamente da pipa.
Como sempre, e por exclusão de partes, acabei empurrado para tarefas logísticas. Duas vezes por semana pelas sete da manhã ia à Ribeira ou ao Mercado Abastecedor (ali ao Campo Grande) e escolhia peixe fresco, frutas e legumes, sacas de batatas e cebolas. Uma vez por mês ia a Nelas buscar vinho regional e ao Alentejo buscar queijinhos de cabra e de ovelha.
Tinha comprado uma velha carrinha Morris em 5ª mão daquelas que andam permanentemente engasgadas e pegam de empurrão, poluindo a estratosfera de puro gasóleo e com uma incorrigível tendência para fugir para a esquerda. Percorri o pais no abastecimento para o restaurante; na aquisição de artesanato para a loja; no transporte do material ephedriano. Por isso não se admirem se ainda hoje souber escolher um goraz ou se conhecer uma recôndita estrada secundária atrás das moitas.
No restaurante o serviço era um primor post-moderno. O Jó encarava placidamente os clientes com a cinza pendente no cigarro pendurado, enquanto tirava os pedidos coçando crostas na cabeça com a tampa da caneta “Bic”. O Zé Tó esgotava, com denodada preserverança, a reserva de conhaque “Rémy Martin” e atirava com garfos para cima de ovos estrelados, rebentando a gema à vista dos comensais estupefactos. Os bifes, na ânsia de ser comidos, saltavam para o chão como se tivessem molas. De tempos a tempos, uma beata de cigarro despontava irreverente no meio da feijoada. Lá dentro, na cozinha, os cães do João e da Raquel passeavam impunes, soltando livremente pulgas e carraças no chão peganhoso de desperdícios oleosos. Eu servia copos de três atrás do balcão tentando passar despercebido, preocupado com as precárias entradas de caixa.
Um dia saiu uma crítica favorável no “Expresso”. Foi um desastre. No fim de semana seguinte a invasão foi tal que rompeu os abastecimentos. Os clientes esperaram horas enquanto corríamos a casa dos pais tentando encontrar desesperadamente meia dúzia de ovos, um reforço de fruta, restos de entrecosto… O serviço às mesas tornou-se de abandalhado em inexistente. Todos nos refugiávamos na cozinha recusando enfrentar as reclamações da clientela que debandou enraivecida sem pagar a conta.
E a paz voltou. Essa paz que nos permitia jantar sossegadamente com os amigos, devastando a garrafeira sem risco de ser incomodados por um intrépido cliente exigindo ser atendido!
Obviamente as dúvidas sobre a viabilidade do negócio cresciam, mas ninguém sabia avaliar a situação. A bem dizer ninguém sabia fazer contas. Era a chamada gestão permanentemente corrente. Ou seria decorrente?
jp
10 comments:
Boas lembranças do passado!
Eh pá ainda tenho 2 arcas desse tal pinho verde da tua lojinha que não estão nem 1 pouco empenadas e só ganharam uma bela patine com o tempo.
O que me valia era a bicicleta para ir de lá para cá e vise versa. Adorava ir ao estúdio nos fundos da Cartuxa assistir aos ensaios.
Bom dia jorge,
convém sempre saber fazer contas e pelos vistos em Direito isso não acontece...mas já viste a quantidade de advogados ( ou ex ) que ) se safaram nos negócios ?
Um mistério
Abraços e bom concerto hoje à noite
Fazia-vos falta um plano de negócios elaborado pelo Oliveira e Costa, um consultor de crédito como o Arlindo de Carvalho, um assessor de investimentos como o João Rendeiro e um conselheiro de estado que fumasse umas brocas. Ias ver que ainda exportavas artesanato para Porto Rico e a Cartuxa ainda chegava a ter umas estrelas do Michelin. (O Cavaco passava a ir lá almoçar diariamente com a Maria a caminho da faculdade...)É claro que quando rebentasse, o buraquinho era MUITO maior. Mas tinham-se divertido MUITO mais...
Que história fabulosa! Estou farta de ouvir falar da Cartuxa, mas quando vim para Caxias (1980) já não se passava nada, só lembranças! Post fantástico!
Quantas lembranças e quanta coisa pra se decorar! hahaha Adoro as historias dos filhos do povo do sul
Não me lembro da alguma vez ter passado por lá. Mas ao Apolo70 ia muitas vezes. Era o passeio predilecto dos domingos.
Gosto mesmo desta escrita!
Sitios que nunca frequentei, realidades que nunca vivi e, no entanto, quase que consigo imaginar todo o cenário!
Como quase ouvir a música...
Sucesso para hoje! E, sobretudo, sentimento de realização.
Jorge, megabytes de experiências!!!
Sucesso para o grupo!!!
bjs.
Ju gioli
Eduardo: estas ficaram registadas e exigiram algum esforço de memória. Está tudo escrito desde 2005.
Claire: tinhas quê, p'ra aí 3 anos?
Ainda tens arcas? Fantástico. Pois, tens razão. Havia ensaio nas "casotas" da restaurante. Era a "Mais Estranha Banda". Ainda tenho gravações!
António: os juristas dão para tudo e enganam-se tanto ou menos que os econonistas. Mas, é na política que se revelam. Obrigado pelos votos.
Al: por acaso na altura nem sabíamos onde era Porto Rico, senão...
Rose: perdeste um período em que Caxias saíu do marasmo (por pouco tempo!)
Alice: é aproveitar que está quase a acabar.
Jorge: isso eram sítios finos...
Mena: ainda bem que gostas. É bom ouvir isso. Obrigado pelos votos.
Ju: muitos megas, de facto. Obrigado pelos votos.
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