Logo de seguida fomos contactados pelo Zeca Afonso para ouvir uma “maquette” que ele tinha para o próximo álbum. O homem queria introduzir um som modernaço. Queria mudar o som e nós, quando era para mudar, mudávamos mesmo!
Fui eu, o Luís e o Chico Zé. Encontrámo-nos num café manhoso em Campo de Ourique onde tomámos uma bica de apresentação e seguimos para um estúdio-garagem algures na vizinhança. Apresentou-nos uma “maquette” ainda muito tosca com três ou quatro músicas.
Lembro-me vagamente que o Zeca era simpático, muito tímido e algo embrulhado a falar. Mas tinha boas ideias, especialmente a de querer tocar connosco.
Ficámos pelas ideias, que o homem pisgou-se para Paris ligeiramente empurrado pela PIDE. Queria levar o vibrafone, não sei se comigo também.
O disco acabou gravado no estrangeiro, orquestrado por um tal Fausto e chama-se “Venham Mais Cinco”, um dos álbuns mais emblemáticos do Zeca.
Ah, se tivéssemos sido nós a orquestrar... Ah, se tivéssemos sido nós a tocar! Nada seria como dantes, nem como depois. A música portuguesa teria tomado outros rumos. Os baladeiros não mais se atreveriam ao dó, fá, sol, em compasso quatrenário ... Quiçá o “25 de Abril” não teria sido como foi!
Fui eu, o Luís e o Chico Zé. Encontrámo-nos num café manhoso em Campo de Ourique onde tomámos uma bica de apresentação e seguimos para um estúdio-garagem algures na vizinhança. Apresentou-nos uma “maquette” ainda muito tosca com três ou quatro músicas.
Lembro-me vagamente que o Zeca era simpático, muito tímido e algo embrulhado a falar. Mas tinha boas ideias, especialmente a de querer tocar connosco.
Ficámos pelas ideias, que o homem pisgou-se para Paris ligeiramente empurrado pela PIDE. Queria levar o vibrafone, não sei se comigo também.
O disco acabou gravado no estrangeiro, orquestrado por um tal Fausto e chama-se “Venham Mais Cinco”, um dos álbuns mais emblemáticos do Zeca.
Ah, se tivéssemos sido nós a orquestrar... Ah, se tivéssemos sido nós a tocar! Nada seria como dantes, nem como depois. A música portuguesa teria tomado outros rumos. Os baladeiros não mais se atreveriam ao dó, fá, sol, em compasso quatrenário ... Quiçá o “25 de Abril” não teria sido como foi!
jp
7 comments:
Infelizmente não podemos fazer "reload" na nossa vida, mas que seria curioso ver como as coisas correriam se em certas alturas fizessemos escolhas diferentes, sem dúvida.
Abraço!
Eh lá, aguenta! O rafeiro tem razão. O que lá vai, lá vai. Pensa para a frente Jorge, que é isso que falta existir.
:-)
Olha, deixa lá, foi melhor assim que eu também não tenho a certeza de gostar de ouvir o Janita a cantar rock psicadélico-progressivo com sotaque do Redondo...
Tão bom estares cá para contar
"ligeiramente empurrado pela PIDE", essa é linda...
Foi uma cena engraçada. Ele não sabia bem o queria. Estava à espera que alguém resolve-se o problema. E, sim, foi pena o Janita não estar agora no progressivo!
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