FILHOS DO POVO DO SUL - XLVI

E foi assim que alguns aderiram à Eubiose.
Como todos sabem, em Sintra situa-se uma das sete entradas para a “terra oca”. Perto dessa entrada, logo ali em Ranholas, numa moradia, dois homens pregavam uma nova iniciação importada do Brasil, revelada pelo grande mestre Prof. Henrique José de Sousa.
O ciclo estava no fim. Vinha aí um novo mundo. Era preciso conjugar o Intelectual, o Emocional e o Espiritual. Superação e Metástase. Transformação. Amor Universal. Paz. Satya-Yuga. Idade de Ouro. Eterna Primavera. O Excelso Senhor Maitreya Buda, o Buda-Síntese, o Cristo Universal que se manifestará na Face da Terra como o Avatara do Ciclo de Aquarius, inaugurando uma Nova Era para o Mundo.
Uma busca da Suprema Unidade com os seus três Tronos ou Sóis, o Pai, a Mãe e o Filho, para os gnósticos; o Pai, o filho e o Espírito Santo, para os católicos; Sat, Chit e Ananda, para os orientalistas; Brahma, Vishnu e Shiva, para os budistas; enfim, Vontade-Amor-Sabedoria e Actividade. O triângulo pitagórico, com o sentido da Trimurti indiana em que a evolução consiste na combinação dessa sublime triangulação.
A combinação desses três tronos dá origem ao Grande Septenário Cósmico. Ou seja, “Do uno trino sairam os sete auto-gerados”, os sete sóis que giram em torno do Sol central do oitavo sistema. O Deus único e verdadeiro manifestado, através das suas hipóstases, os três Budas ou três Cristos.
É claro que o trenário mais o septenário equivalem a dez, que representa a Divindade manifestada ou em acção. E como a criatura humana é um micro-cosmos em acção possui duas séries de números dez: dez dedos da mão (de natureza solar, positiva, celestial) e dedos dos pés (de natureza lunar, humana, material). Dez num plano superior e dez num plano inferior. Podemos concluir, sem grande hipótese de erro, que os dedos das mãos e os dez dedos dos pés correspondem à acção dos dez avatares de Vishnu, caminhando pelos campos Sidérios.
Depois ainda havia uma enorme confusão com Raças e Sub-Raças sendo a actual a raça ariana correspondente à quinta raça no âmbito da Cadeia Evolutiva da “Onda-Vida” e que surge já no ramo ascendente da curva representativa da trajectória simbólica daquela Onda à conquista do mental abstracto que será apanágio da 6ª e 7ª Raças-Mãe. A coisa complicava-se com a Missão Y. O papel do Brasil. A regeneradora actividade dos Lípicas. Os Kumaras. O reino de Melquistsedeque. A Ordem de Ararat...
Tudo isto parece simples, mas a verdade é que exigia grande trabalheira intelectual. A única coisa que me agradava era o lema: “Todos por um e um por todos” que pelo menos garantia que eram benfiquistas... Saí rapidamente dali antes que obrigassem a comungar!

jp