Um génio está perante vós. Um poeta espantoso que também é compositor. Um compositor extraordinário que faz versos fabulosos. O quotidiano adquire, nas letras de Simon, a profundidade de uma vivência caleidoscópica. Ninguém como ele cantou a "american song". Este é o grande bardo do séc. XX. Um caso em que a rotura da parceria com Garfunkel em nada prejudicou a inspiração de Paul Simon, antes pelo contrário. Depois de largar Art para voos cinematográficos de baixa intensidade, Simon publica três discos que eu levaria para a tal "ilha deserta": "Still Crazy After All These Years"; "One Trick Pony" e " Hearts and Bones". Em 1986 e 1990, respectivamente, Simon envereda pela fusão étnica. "Graceland", um disco que nos deu o melhor da África do Sul e "Rythm of the Saints", como apoio do Olodum da Bahia de Todos os Santos, são um paradigma daquilo que parecia ser impossível. Música de características e ritmos fortíssimos e, no entanto, inconfundivelmente, música de Paul Simon. Posteriormente menos inspirado, Simon tem-se sabido resguardar e, contrariamente a outros artistas dos anos 60, mantém uma enorme reserva na sua vida privada e uma gestão cuidada das suas performances públicas. Um génio!
Fotografia: "Rolling Stone".
10 comments:
Avis-rara, este Paul Simon.
Eu preciso discordar dessa vez... :( Paul Simon pra mim é como um urubu! Fica só sobrevoando esperando a carne fácil pra matar a sua fome... Não gosto dele meeeesmo! Mas continuo amando o expresso da linha! :D
Vamos discordar da Alice, desta vez! Não tenho conhecimento musical tão apurado, mas tudo que ouvi do Paul Simon gostei, e MUITO! Estou com o Jorge!
Entendo o comentário da Alice. Simon tem uma personalidae estranha. Pouco expansivo e algo calculista. No caso de artistas há ódios de estimação. Eu tenho varios. E nem é a qualidae que está em causa. Muitas vezes é uma questão de empatia ou (des)empatia!
Ou uma questão de enjôo...
Também gosto dele, sim senhor!
O meu problema com Paul Simon é que eu ahco que ele faz musica por encomenda o que eu nunca achei que fosse coisa digna de um artista de verdade. Mas é bem o que o Jorge falou, não é nem a qualidade que está em pauta, é algo que alguns vêem e outros não e que pode fazer a admiração ir pro espaço!
Eu cá gosto do Paul Simon. Acho que ele e Art Garfunkel fizeram canções muito bonitas, lindas mesmo e que se ouvirão para sempre. Anda um pouco apagado, mas também já teve o seu tempo, né? O album deles ao vivo no Madison Square Garden é um must! And here's to you Mrs. Robinson...
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