Inicia-se hoje uma nova aventura de Arnaldo Rocha. Como de costume, será publicada à 3ª e 6ª feiras. Alerta-se para que esta história pode chocar pessoas mais sensíveis.
EPISÓDIO I
No princípio era o verbo. Até aí tudo bem… Só abstracções. Pior é que os substantivos andavam doidos para entrar na farra. Com tanto desejo de protagonismo, os adjectivos já só queriam um predicado ou mesmo uma simples preposição.
Deus entrou em impasse: “Vou criar primeiro personalidades ou qualidades? Se crio sujeitos, vão dizer que ando à caça de votos. Se vou para qualidades não tenho sujeitos a votar. Que fazer?
Deus meditou profundamente durante uns breves 200 milhões de anos e, finalmente decidiu: “Vou criar um organismo inóquo. Nada que me comprometa, até porque tudo o que está em baixo é como o que está em cima, vice-versa e paralelamente. Já perdi demasiado tempo a pensar nisto”.
Deus teve esta magistral inspiração enquanto roía pevides com cerveja e disse de si para consigo: “Cá vai disto…”. Cuspiu uma semente de abóbora no espaço inter-estelar direita à Terra.
Suspirou… Preparava-se para merecido descanso ao sétimo dia quando, à sua esquerda, o Espírito Santo de Orelha lhe sussurrou ao ouvido: ”Ouve lá, não foste tu que disseste, crescei e multiplicai-vos? Isto só com flores não vai lá. Assim nunca mais temos Trindade!”.
O Espírito Santo tinha sido contratado recentemente como consultor externo para dar alguma consistência ao “economics” da “Coisa”, à base de gráficos a cores e quadros integradores das criações que Deus displicentemente ia produzindo. O Espírito Santo era muito ambicioso. Deus sabia que, mais tarde ou mais cedo, tinha de lhe dar mais protagonismo. Associá-lo à gestão divina, antes que lhe tentasse sacar o posto. Por isso Deus nem discutiu. Num súbito rasgo de génio, inventou a pila, o produto tecnologicamente mais evoluído que alguma vez criara.
Aliviado, voltou-se para o restante universo, que há muito ansiava notícias do Criador… e nunca mais pensou no “planeta azul”.
Na Terra caiu uma semente divinalmente ensalivada que se espetou no húmus da crosta. Logo por azar caiu num cantinho à beira mar. O país Lusitano, mais conhecido por “Terra das Couves-Galegas”. As pilas, essas, rastejavam escondidas debaixo das pedras, nos Montes Hermínios, prontas a atacar. E as pilas atacam tudo o que mexe... Não podem ver buracos.
A semente de abóbora cresceu e multiplicou-se. Sim, que a abóbora é muito sexy... não há pila que lhe resista!
Deus entrou em impasse: “Vou criar primeiro personalidades ou qualidades? Se crio sujeitos, vão dizer que ando à caça de votos. Se vou para qualidades não tenho sujeitos a votar. Que fazer?
Deus meditou profundamente durante uns breves 200 milhões de anos e, finalmente decidiu: “Vou criar um organismo inóquo. Nada que me comprometa, até porque tudo o que está em baixo é como o que está em cima, vice-versa e paralelamente. Já perdi demasiado tempo a pensar nisto”.
Deus teve esta magistral inspiração enquanto roía pevides com cerveja e disse de si para consigo: “Cá vai disto…”. Cuspiu uma semente de abóbora no espaço inter-estelar direita à Terra.
Suspirou… Preparava-se para merecido descanso ao sétimo dia quando, à sua esquerda, o Espírito Santo de Orelha lhe sussurrou ao ouvido: ”Ouve lá, não foste tu que disseste, crescei e multiplicai-vos? Isto só com flores não vai lá. Assim nunca mais temos Trindade!”.
O Espírito Santo tinha sido contratado recentemente como consultor externo para dar alguma consistência ao “economics” da “Coisa”, à base de gráficos a cores e quadros integradores das criações que Deus displicentemente ia produzindo. O Espírito Santo era muito ambicioso. Deus sabia que, mais tarde ou mais cedo, tinha de lhe dar mais protagonismo. Associá-lo à gestão divina, antes que lhe tentasse sacar o posto. Por isso Deus nem discutiu. Num súbito rasgo de génio, inventou a pila, o produto tecnologicamente mais evoluído que alguma vez criara.
Aliviado, voltou-se para o restante universo, que há muito ansiava notícias do Criador… e nunca mais pensou no “planeta azul”.
Na Terra caiu uma semente divinalmente ensalivada que se espetou no húmus da crosta. Logo por azar caiu num cantinho à beira mar. O país Lusitano, mais conhecido por “Terra das Couves-Galegas”. As pilas, essas, rastejavam escondidas debaixo das pedras, nos Montes Hermínios, prontas a atacar. E as pilas atacam tudo o que mexe... Não podem ver buracos.
A semente de abóbora cresceu e multiplicou-se. Sim, que a abóbora é muito sexy... não há pila que lhe resista!
(continua 6ª feira)
jp
3 comments:
Abóboras sexy??? Estou para ver e comer uma! rsrsrs
Obrigada pelos Parabens!
Bj
Su
Cuida Eduardo que esta história é perigosa!
Su, renovados.
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