Arnaldo Rocha andava deprimido. Há séculos que falhava missões. Não por culpa própria... É a vida!
A ”Organização”, agora sediada em Nova Yorque, nos escombros calcinados das Twin Towers, não lhe dava nada que fazer. Só questionários idiotas para preencher... “benchmarks” para comparar organizações rivais. Burocracia! É certo que continuavam a pagar-lhe o ordenado, isenção de horário, complemento de chefia e despesas de representação. Mas Arnaldo pressentia que a “Organização” queria renovar pessoal. Não ficaria nada surpreendido em receber uma carta para rescisão amigável, pré-reforma, ou mesmo suspensão do contrato de trabalho.
A conselho de um amigo com quem almoçava todas as semanas, decidiu arriscar-se na actividade privada. Com a experência acumulada ao longo de milénios... sem estar sujeito a Ordens de Serviço incompreensíveis... sem a pressão dos ”jovens turcos” que agora enxameavam a sede da “Organização”, Arnaldo estava seguro de vir a ter êxito.
E assim nasceu a agência privada de investigação “Agulha no Palheiro”. Feitas umas contas rápidas na toalha enporcalhada do restaurante e uma análise alcóolatra da concorrência potencial, decidiu-se pelo estabelecimento fora de Lisboa. Na capital era tudo caríssimo. A competição enorme. Os crimes difíceis de resolver. Não, Arnaldo iria definitivamente para a província. Tudo era mais simples: octagenário mata sogra e depois suicida-se... pastor sodomiza ovelha e entrega-se à GNR... Marido esfaqueia mulher e amante e afoga-se no poço... Enfim, Arnaldo não queria voltar a falhar. Mal sabia o que o esperava!
A ”Organização”, agora sediada em Nova Yorque, nos escombros calcinados das Twin Towers, não lhe dava nada que fazer. Só questionários idiotas para preencher... “benchmarks” para comparar organizações rivais. Burocracia! É certo que continuavam a pagar-lhe o ordenado, isenção de horário, complemento de chefia e despesas de representação. Mas Arnaldo pressentia que a “Organização” queria renovar pessoal. Não ficaria nada surpreendido em receber uma carta para rescisão amigável, pré-reforma, ou mesmo suspensão do contrato de trabalho.
A conselho de um amigo com quem almoçava todas as semanas, decidiu arriscar-se na actividade privada. Com a experência acumulada ao longo de milénios... sem estar sujeito a Ordens de Serviço incompreensíveis... sem a pressão dos ”jovens turcos” que agora enxameavam a sede da “Organização”, Arnaldo estava seguro de vir a ter êxito.
E assim nasceu a agência privada de investigação “Agulha no Palheiro”. Feitas umas contas rápidas na toalha enporcalhada do restaurante e uma análise alcóolatra da concorrência potencial, decidiu-se pelo estabelecimento fora de Lisboa. Na capital era tudo caríssimo. A competição enorme. Os crimes difíceis de resolver. Não, Arnaldo iria definitivamente para a província. Tudo era mais simples: octagenário mata sogra e depois suicida-se... pastor sodomiza ovelha e entrega-se à GNR... Marido esfaqueia mulher e amante e afoga-se no poço... Enfim, Arnaldo não queria voltar a falhar. Mal sabia o que o esperava!
(continua na 3ª feira)
jp
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