Este senhor é o Padre Martins. Durante mais de 30 anos foi o pároco da Igreja Matriz de Oeiras. Conhece-me desde que nasci. Era amigo de família e assistiu ao meu baptizado. Personagem dinâmica e polémica, é um daqueles padres que vale a pena conhecer mesmo que não se seja católico. Está agora merecidamente aposentado. Pois foi esta a gratificante homenagem que houveram por bem fazer-lhe. Um monólito agigantado, rodeado de petizes desproporcionados, não fosse pensar-se em pedofilia, ocupando um espaço descomunal no Largo da Igreja. Que mal terá ele feito? As figuras são toscas, querendo parecer angelicais. O monumento não tem qualquer chama. Ali não há alma, não há fé, nem piedade. Caridade só a de quem pagou a factura a Mestre Francisco Simões que, não se sabe porquê, desatou a polvilhar Oeiras de esculturas polidas e arredondadas, num estilo panisga, herdado da Escola Estalinista de Évora. Oeiras, mais à frente… sempre!
jp
3 comments:
A intenção foi boa, mas a realização realmente deixa a desejar...
A desproporção é chocante...este teu novo assunto vai render..ótima idéia!
Pois é... ao menos homenagear o modo de estar do Padre martins. Com vida, solidariedade, acção.
Como e, bem o dizes, ali não "há nada".
Será que o tal mestre FS o conheceu? ou se deuao trabalho de estar com ele, de falar com pessoas ajudadas por ele? era suposto...
Talvez não neste país.
Beijos e continua assim: informativo mas incómodo. É desse jeito que gostamos, rs
Post a Comment