Tivemos de abandonar os nossos irmãos galegos e combater os vizinhos mouros, única forma de evitar conflitos irremediáveis com Leão e de obter o apoio papal que, de outra forma, não teria sido favorável.
Afastado o perigo islâmico, a Galiza ficou como que esquecida de si própria, sem ideal histórico que justificasse a autonomia. No séc. XVI, Castela esmagou numa última batalha, na região de Lugo, a derradeira resistência galega.
A Guerra Civil de Espanha interrompeu uma incipiente tentativa de restauração linguística e autonómica que a República espanhola parecia disposta a conceder às várias regiões da Espanha.
Na Galiza, tal movimento foi conduzido em torno das revistas “Nós” e “Nossa Terra” e de intelectuais como José Bieito, Vicente Risco, Afonso Rodrigues Castelão, João Vicente Viqueira ou António Vilar Ponte.
Surgiu o movimento Reintegracionista que defendia a fusão com Portugal. Vicente Risco diria: “Portugal representa o triunfo da Galiza ideal”. Rodrigues Castelão iria mesmo mais longe, afirmando: “Desejo, pois, que o galego se aproxime e confunda com o português”
Depois da Guerra Civil, a autonomia ou o Reintegracionismo passou a ser, sobretudo, uma bandeira da esquerda. Só após a queda do muro de Berlim é que o movimento passa a ser transversal, abrangendo tanto elementos da esquerda como da direita, agora unidos na defesa do nacionalismo galego.
A partir de 1992, porém, com a norma ortográfica imposta pela Junta autonómica governada pelo Partido Popular, vence a tese castelhanizante dos “falsos galegos”. Todos chamam a esse galego oficial e escrito o castrapo (uma espécie de língua de trapos).
O movimento Reintegracionista é perseguido e julgado em tribunais. A revolta alastra!
Pensa-se que o número de “lusitas” militantes na Galiza atingirá actualmente mais de 10 000 pessoas.
Mas, será que esta vontade se fica pela cultura e língua ou terá objectivos políticos mais vastos?
Afastado o perigo islâmico, a Galiza ficou como que esquecida de si própria, sem ideal histórico que justificasse a autonomia. No séc. XVI, Castela esmagou numa última batalha, na região de Lugo, a derradeira resistência galega.
A Guerra Civil de Espanha interrompeu uma incipiente tentativa de restauração linguística e autonómica que a República espanhola parecia disposta a conceder às várias regiões da Espanha.
Na Galiza, tal movimento foi conduzido em torno das revistas “Nós” e “Nossa Terra” e de intelectuais como José Bieito, Vicente Risco, Afonso Rodrigues Castelão, João Vicente Viqueira ou António Vilar Ponte.
Surgiu o movimento Reintegracionista que defendia a fusão com Portugal. Vicente Risco diria: “Portugal representa o triunfo da Galiza ideal”. Rodrigues Castelão iria mesmo mais longe, afirmando: “Desejo, pois, que o galego se aproxime e confunda com o português”
Depois da Guerra Civil, a autonomia ou o Reintegracionismo passou a ser, sobretudo, uma bandeira da esquerda. Só após a queda do muro de Berlim é que o movimento passa a ser transversal, abrangendo tanto elementos da esquerda como da direita, agora unidos na defesa do nacionalismo galego.
A partir de 1992, porém, com a norma ortográfica imposta pela Junta autonómica governada pelo Partido Popular, vence a tese castelhanizante dos “falsos galegos”. Todos chamam a esse galego oficial e escrito o castrapo (uma espécie de língua de trapos).
O movimento Reintegracionista é perseguido e julgado em tribunais. A revolta alastra!
Pensa-se que o número de “lusitas” militantes na Galiza atingirá actualmente mais de 10 000 pessoas.
Mas, será que esta vontade se fica pela cultura e língua ou terá objectivos políticos mais vastos?
(a continuar)
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