Perdido em reflexões de alta velocidade na auto-estrada para Santiago, acabo por concluir pela óbvia existência de uma cabala orquestrada entre médicos e padres. O progressivo aumento da esperança de vida serve apenas para nos garantir mais oportunidades para prestar as tais provas que nos levam direitinhos ao Paraíso perdido, já que isto aqui na Terra está cada vez menos recomendável.
A verdade, porém, é que quantos mais anos vivermos, mais hipóteses temos de pecar e, por outro lado, corre-se o risco de levar o Estado à falência, dados os enormes custos sociais implicados. Não seria melhor resolver isto, logo à nascença? E porquê adiar o Paraíso para depois da morte? Será que é por comodismo que não se tenta em vida? Será mesmo impossível? Ou será utopia escatológica de pavor moribundo?
A verdade, porém, é que quantos mais anos vivermos, mais hipóteses temos de pecar e, por outro lado, corre-se o risco de levar o Estado à falência, dados os enormes custos sociais implicados. Não seria melhor resolver isto, logo à nascença? E porquê adiar o Paraíso para depois da morte? Será que é por comodismo que não se tenta em vida? Será mesmo impossível? Ou será utopia escatológica de pavor moribundo?
Na imagem, os "Quatro Cavaleiros do Apocalipse", de Albrecht Durer.
(a continuar)
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