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Ruas medievais, numa malha apertada e labiríntica. Restaurantes azeitados, todos com muito tomate. Dezenas de lojas vendendo exactamente o mesmo: canecas de loiça com a catedral estampada, cajados e vieirinhas.
As vieirinhas são fundamentais para se perceber o encanto da cidade. Para quem estuda malacologia, sabe que as vieiras são moluscos bivalves, da família dos Pectinidae que, para além de darem excelentes gratinados, vão bem com o Santo, cujos despojos deram à terra numa barca repleta de conchas e que ficariam como símbolo da peregrinação. Isto, para além de Tiago, quando conheceu Jesus, ser pescador.
Mas mais, como nos diz Fulcanelli, in O Mistério das Catedrais, “… A concha de Compostela (“campus stellae”) serve na simbólica secreta para designar o princípio Mercúrio (a água benta dos filósofos), também chamado Viajante ou Peregrino. É usada misticamente por todos os que empreendem o trabalho e procuram obter a estrela”.
(a continuar)
2 comments:
Comecei a ler, no outro sentido, esta difícil familiarizar-me com os Panosfkys mas diverte-me como escreves os bitaites.
Por incrível que pareça, nunca fui a Compostela, mas vontade não me falta.
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