Há homens que antes de serem tudo não são nada, como foi o caso de Napoleão. Boabdil, pelo contrário, nunca quis ser tudo. Sempre preferiu não ser nada!
Era tal a vontade de ter um principado só para poder brincar aos sultões que o menino Boabdil até cooperou com os castelhanos na tomada de Málaga. Depois foi a queda de Baza e o fim da resistência militar de al-Zaghal, que perde o ânimo e entrega Almeria e Guadix em troca de um pequeno principado, tipo herdade, nas Alpujarras, perto de Andarax e Lanjaron.
Mas, al-Zaghal não era parvo. Não tardou a perceber que tudo estava perdido. Vendeu os seus direitos aos cristãos, por 30.000 castelhanos de ouro e partiu para Orão.
Boabdil, sempre tótó, tarde de mais descobriu que estava feito. Os Reis Católicos não estavam dispostos a cumprir as generosas promessas. Em 25 de Novembro de 1491, Ibn al-Mulih, o wazir assinou à má fila os documentos de rendição no acampamento cristão de Santa Fé e a 1 de Janeiro de 1492, Gutierre de Cardenas foi levado ao velho trono nasrita, na torre de Comares, na Alhambra, onde Boabdil entregou as chaves da cidade e a bandeira castelhana é içada na torre da Vela.
A história do al-Andalus chegara ao fim!
Quando já tudo estava resolvido, os “Abencerragens”, sempre em contraponto, têm um assomo de dignidade e opõem-se à rendição, o que, aliás, não lhes deu saúde nenhuma! Nunca ninguém os percebeu… Se calhar nem eles próprios: fizeram tudo por dar cabo daquilo e só no fim é que se deram conta. Por isso, ainda hoje se diz “ó meu grande abencerragem”, significando um misto entre bronco, velho do Restelo, atrasado mental e idiota chapado.
Era tal a vontade de ter um principado só para poder brincar aos sultões que o menino Boabdil até cooperou com os castelhanos na tomada de Málaga. Depois foi a queda de Baza e o fim da resistência militar de al-Zaghal, que perde o ânimo e entrega Almeria e Guadix em troca de um pequeno principado, tipo herdade, nas Alpujarras, perto de Andarax e Lanjaron.
Mas, al-Zaghal não era parvo. Não tardou a perceber que tudo estava perdido. Vendeu os seus direitos aos cristãos, por 30.000 castelhanos de ouro e partiu para Orão.
Boabdil, sempre tótó, tarde de mais descobriu que estava feito. Os Reis Católicos não estavam dispostos a cumprir as generosas promessas. Em 25 de Novembro de 1491, Ibn al-Mulih, o wazir assinou à má fila os documentos de rendição no acampamento cristão de Santa Fé e a 1 de Janeiro de 1492, Gutierre de Cardenas foi levado ao velho trono nasrita, na torre de Comares, na Alhambra, onde Boabdil entregou as chaves da cidade e a bandeira castelhana é içada na torre da Vela.
A história do al-Andalus chegara ao fim!
Quando já tudo estava resolvido, os “Abencerragens”, sempre em contraponto, têm um assomo de dignidade e opõem-se à rendição, o que, aliás, não lhes deu saúde nenhuma! Nunca ninguém os percebeu… Se calhar nem eles próprios: fizeram tudo por dar cabo daquilo e só no fim é que se deram conta. Por isso, ainda hoje se diz “ó meu grande abencerragem”, significando um misto entre bronco, velho do Restelo, atrasado mental e idiota chapado.
Na imagem, a entrega das chaves da Alhambra por Boabdil.
(a continuar)
2 comments:
Me pergunto se depois da rendição a população árabe atravessou o Mediterrâneo ou ficou e se misturou à população espanhola...
Uns passaram. A maioria ficou e teve a possibilidade de exercer a sua religião, conforme prometido. Só que poucos anos depois veio a Inquisição. Ou se convertiam e misturavam ou emigravam. Por alguma razão os reis eram os "Católicos". Muitos ainda vieram para Portugal, mas a maioria foi para o norte de África.
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