Voltando à Granada actual (que, em bom português, significa romã) foi abordada pelo Sul, com precisão militar. Sempre em cáfila, tomámos o “caravanserai” sem qualquer engano.
Desta vez saiu-nos um daqueles dormitórios-despeja-turistas, novamente da célebre cadeia “Black and Decker”. Sim, obras, está claro. Só que agora muito a sério: martelos, perfuradoras, rebarbadeiras, tintas, betumes, colas, alcatifas… Turista Ocidental: em Espanha os hotéis adoram obras e as obras adoram hotéis. Uma máxima que vem do Carlos V, esse grande obreiro. Recomendação: se fores a Espanha pergunta antes se há obras no “caravanserai” e leva tampões para os ouvidos, pelo sim pelo não.
Mas deixemo-nos de queixas, que a gente veio cá ver a Alhambra (al-Qala al-Hamra, isto é, “castelo vermelho”). E lá fomos Subika acima…
A Alhambra e o Albaycin eram para mim locais míticos, imaginários. Como tudo o que é mítico, ao concretizar-se torna-se desilusão!
Confesso que não estava preparado para aquilo. Tinha relido o “Leão Africano”, do Amin Maalouf, onde Hassan Al-Wazzan (mais tarde conselheiro do Papa Leão X, o nosso conhecido Giovanni de Médicis), relata os últimos dias da Granada muçulmana.
Ora bem: vi germanos, francos, bretões, normandos, vikings, suevos, alanos, alamanos visigodos e ostrogodos, montes de castelhanos. Árabes, moçárabes, mouriscos, mudéjares, ou até mesmo um muladi de vez em quando… zero!
O velho Carlos V lá conseguiu fazer mais um mamarracho, desta vez em plena Alhambra. Um palácio absurdo, tipo Coliseu dos Recreios, encostado aos Palácios Nazariés, só para se evidenciar!
Água sempre a ciciar, impiedosa. No WC mais próximo, um vândalo tinha acabado de regurgitar “sangria” por tudo o que era sítio. Lá fui apertadinho, por dentro e por fora, para os Palácios Nazariés.
Turista Ocidental: se fores à Alhambra mija sempre que possas. Não esperes pelo WC seguinte! Ah, e compra bilhetes com muita antecedência que nos palácios só entram 150 penitentes de cada vez.
Desta vez saiu-nos um daqueles dormitórios-despeja-turistas, novamente da célebre cadeia “Black and Decker”. Sim, obras, está claro. Só que agora muito a sério: martelos, perfuradoras, rebarbadeiras, tintas, betumes, colas, alcatifas… Turista Ocidental: em Espanha os hotéis adoram obras e as obras adoram hotéis. Uma máxima que vem do Carlos V, esse grande obreiro. Recomendação: se fores a Espanha pergunta antes se há obras no “caravanserai” e leva tampões para os ouvidos, pelo sim pelo não.
Mas deixemo-nos de queixas, que a gente veio cá ver a Alhambra (al-Qala al-Hamra, isto é, “castelo vermelho”). E lá fomos Subika acima…
A Alhambra e o Albaycin eram para mim locais míticos, imaginários. Como tudo o que é mítico, ao concretizar-se torna-se desilusão!
Confesso que não estava preparado para aquilo. Tinha relido o “Leão Africano”, do Amin Maalouf, onde Hassan Al-Wazzan (mais tarde conselheiro do Papa Leão X, o nosso conhecido Giovanni de Médicis), relata os últimos dias da Granada muçulmana.
Ora bem: vi germanos, francos, bretões, normandos, vikings, suevos, alanos, alamanos visigodos e ostrogodos, montes de castelhanos. Árabes, moçárabes, mouriscos, mudéjares, ou até mesmo um muladi de vez em quando… zero!
O velho Carlos V lá conseguiu fazer mais um mamarracho, desta vez em plena Alhambra. Um palácio absurdo, tipo Coliseu dos Recreios, encostado aos Palácios Nazariés, só para se evidenciar!
Água sempre a ciciar, impiedosa. No WC mais próximo, um vândalo tinha acabado de regurgitar “sangria” por tudo o que era sítio. Lá fui apertadinho, por dentro e por fora, para os Palácios Nazariés.
Turista Ocidental: se fores à Alhambra mija sempre que possas. Não esperes pelo WC seguinte! Ah, e compra bilhetes com muita antecedência que nos palácios só entram 150 penitentes de cada vez.
Na imagem, Granada.
(a continuar)
3 comments:
É verdade sempre que imaginamos demais um lugar, quando o conhecemos ficamos decepcionados. Não conheço Granada, mas é um lugar que pretendo visitar, obrigada pelos conselhos.
Abraços e uma boa semana para você.
Mas não deixe de visitar. É uma local único, embora super turístico. Vale a pena ir fora do Verão, até porque é muito calor naquela região.
Quando lá fui (2004), tivemos que comprar os bilhetes com dias de antecedência no Banco Santander (ou algum outro Espanhol) de qualquer lugar da Espanha, com dia e hora marcado e bilhete numerado. Só entravam 50 por vez e não podíamos nos demorar, e nem pensar em voltar uma sala para trás, pq nos empurravam aos berros. O bilhete dava direito a 3 lugares; Alhambra, um outro que não me recordo e um museu (ao lado), todos próximos. Mas como havia hora marcada para Alhambra (tinha que ser o primeiro)não se podia admirar muito pq perdia-se a entrada dos outros; hipotéticamente, eles calculavam um tempo e não avisavam ninguém. Conclusão: não vimos o tal museu, meu marido foi pedir explicações aos espanhóis (rsrsrs) e, claro, saiu de lá esperneando, jurando que nunca mais voltaria lá e agarrado por 3 seguranças que falavam uma língua incompreensível. Alhambra me trás divertidos recuerdos!
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