23.1.10

RETRATO A BRANCO E PRETO


Sem aviso prévio o Eduardo me pegou de surpresa. No papel ficou a minha alma que nesse dia estava impaciente no tropicalismo ausente. Fiquei eu na dimensão exacta da minha inquietude.

10 comments:

Jorge Pinheiro said...
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Maria Augusta said...

Estes artistas reunidos...uma explosão de criatividade!

Anonymous said...

muito bom :)

e este comboio em movimento troca-me os olhos rssssssss

Selena Sartorelo said...

Olá Jorge,

Quando a palavra ultrapassa o pessoal e vira poesia o retratista captura aquilo que o retratado não mostra como primeiro sentir.
Como o frasista que sintetiza prolixos textos.

Brinquei com o Eduardo que essa poderia ser uma caractura, mas óbvio que era brincadeira pois um retrato mostra quem cria e ao meu ver a caricatura o criado.
Sempre num retrato, eu admiro o artista que consegue enxergar as diferenças que os lados tem.
E numa bela, sincera e terna elucidação o modelo se mostra com toda a propriedade na tenuidade do seu ser.
Como escreveu Clarice Lispector em um poema que não sei de cor, ela sugere que olhemos para o outro lado, mudemos de calçada e troquemos o quente pelo frio ou na ordem contrária que faz a vida uma mesmice continua, o teu retrato mostra a alma que eu não conheço mas que fascina e intriga os ânimos mais mornos. Não vou atrever-me a reler (observações tão abstratas e insanas quantos essas, mas sei que entende a brincadeira e se não. Tem todo o direito de deletar comentários que não considere pertinente).
O lado mais real margeando a consciência no que pode ser possível.

Beijos e feliz regresso.

Jorge Pinheiro said...

Selena: não sei se é insano, mas gostei muito de ler.

Anonymous said...

Jorge,

captei o espirito da coisa!

Li Ferreira Nhan said...

Dois Maestros!

jugioli said...

Está simplesmente fantástico!!!

Lina Faria said...

Retrato cheio de expressão.
Se de um lado, a sombra, o vulto de algo não resolvido, os olhos voltados para dentro, do outro a luz, o olhar de perspectiva, curiosidade, o atravessar do túnel, do oceano. O ir adiante.

Anonymous said...

Lina,

gostei MUITO da sua crítica! "Pegou" perfeitamente o "ponto" da "COISA" !!! É bom quando se faz, ou se diz, alguma coisa, e se é entendido!
Bjs