O Mondego banha Coimbra. Nasce na Serra da Estrela. Desagua na Figueira da Foz. É um rio totalmente nacional. Talvez por isso apresenta um comportamento inquietante e algo anárquico. No passado, muito passado, subiu de cota, a ponto de submegir Santa Clara a Velha, mosteiro que iremos visitar. No século XX começou a ser dramaticamente assoreado. No Inverno enchia, no Verão quase se podia andar a pé. Isso garantiu-lhe a alcunha de "Bazófias". Agora, com a barragem da Aguieira, estabilizou o caudal. Mas o assoreamento continua, sem que se consiga resolver o problema. No nosso passeio de barco, frente à cidade, a água que chegava a ter sete metros de profundidade, tem agora 90 cm. No trajecto vimos patos bravos (dos verdadeiros), garças marinhas, cegonhas pretas (uma raridade) e centenas de gaivotas. As carpas e bogas abundam. O rio está vivo... Por quanto tempo?
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11 comments:
Oi Jorge
quanta beleza!
o rio Mongdego é muito cantado pelos poetas portugueses ( leio muito poeta português) rs
veja essa de Eugénio de Castro /
"Pára, Mondego! Pára, não prossigas,
Prateado rio, não caminhes para o mar;
Ouve da minha boca as palavras amigas,
Que te podem salvar ..."
ele já prenunciava o que voce relata .
fotos maneiríssimas ! lindas!
NOOOOSSA!!!
Que imagens!!!
E o seu texto?
Nem comento senão o seu ego fica enorme!!!
rsrsrs... Brincadeira Jorge,
tá imperdível seus posts s/ Coimbra.
Vou acompanhando, claro!
beijos
Nunca naveguei no Mondego.
Deixei toda a sua beleza, todo o seu encanto, para o JORGE poder captar num Outono...
E fiquei encantado com o seu testemunho, tanto imagético, como textual.
Lindo passeio ecológico e fotográfico!
Lis: obrigado pela poesia que complementa maravilhosamente as fotos.
Li: espero não desiludir. E já sabe que qd vier cá tem de perder (ganhar) tempo com Coimbra, como verá pelas fotos seguintes.
Joâo: obrigado por me ter deixado este rio. Julguei que tinha esgotado todos depois do seu livro sobre a Água :)
Eduardo: foi de facto muito bom. Mas tudo num dia... é puxado.
Jorge,
Tens que expor para maravilhares outros tantos!!
Como diz o poeta :
(...) " De Coimbra fica a breve eternidade,
Do Mondego, a correr em nossas veias" (...)
Lindas imagens do saudoso Bazófias... O Mondego imagem que me ajudou a crescer enquanto estudante em e de Coimbra...
Um abraço,
Helena: quem sabe?!
Faires: se tivesse esse poema antes tinha posto. Estudante de Coimbra?... Ahah, então vais ter muito que complementar que sou mero turista.
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