CEARÁ - MAIS HISTÓRIA

Talvez por ser muito arenoso, o facto é que o primeiro Capitão-Donatário, António Cardoso de Barros, nunca se chegou a interessar pelo Ceará. Os corsários franceses tomaram conta da situação e estabeleceram a Feitoria de Ibiacaba, em 1590. Os holandeses, entretanto, mantinham negócios de âmbar e algodão com os nativos. Destaque para o célebre capitão Jean Sijens que aportou no Mucuripe em 1600. A primeira tentativa séria de colonização portuguesa ocorre em 1603. Pero Coelho de Sousa mantém bons contactos com os Potyguaras e funda o forte de São Tiago da Barra do Ceará. Porém, uma seca horrível afugenta os portugueses. Sucedem-se tentativas, mais ou menos sérias, até que em 1612 é enviada nova expedição. Fazia parte dela o nosso Martim Soares Moreno (DA LENDA DE IRACEMA), que funda o forte de São Sebastião da Barra do Ceará. Quando regressa, em 1621, Martim encontra o Forte destruído. Os holandeses, já estabelecidos em Pernabunco desde 1630, invadem o Ceárá em 1637 e lá permanecem até 1644. Entre 1644 e 1649, o Ceará foi administrado pelas etnias nativas existentes (deve ter sido um perído fascinante). Os holandeses retornam em 1649. Constrem o Forte de Schoonenborch, na embocadura do riacho Pajéu. A hostilidade dos nativos é enorme. Não sei porquê, gostavam mais de nós... Após a capitulação holandesa de Pernambuco, restabelece-se o poderio português e o Forte toma o nome de Fortaleza de Nossa Senhora da Assumpção. Ainda lá está e deu o nome a Fortaleza...