Na história desta cidade, perdida entre sete colinas, há uma história perdida de três irmãs, lampeiras e únicas como elas só. A mais velha, de sabedoria popular, diz-se árabe na definição das suas fontes e banhos, ora altos e aristocráticos, ora arrabaldes e populares, vindos do mar. A segunda, de sangue mouro, mistura-se entre culturas na melancolia que era o seu fado, arreganhava um sorriso e vestia-se de festa, como manda a tradição. A mais nova, aluindo na sua vontade de ser sobranceira, fez-se mulher, cavada nesse rosto de colina, tendo dia e hora marcada de nascimento para a bica que dela brota. Juntas fazem a tradição, a modernidade naquilo que é de sempre. Nas toalhas xadrez, bidons com carvão, sangria a jarro e aquele cheiro a sardinha assada que usurpa o nosso espaço e a memória desde criança. Lisboa é delas, é tua, é da festa popular. Texto de Le Cool.
9.6.11
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1 comment:
Boa conserva !
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