FAROL DO BUGIO

No meio do Tejo, o Farol do Bugio. Atrás, bem ao longe, as falésias da Caparica. Mais atrás, ainda, o recorte da Serra da Arrábida. O Forte de São Lourenço do Bugio, também conhecido como Forte de São Lourenço da Cabeça Seca ou simplesmente Torre do Bugio, localiza-se a meio das águas da foz do rio Tejo, por alturas da vila de Oeiras. O local onde se ergue é um banco de areia formado pelo assoreamento da foz do rio, fruto da dinâmica da confluência de suas águas com as do Oceano Atlântico. Sendo o único da região com a superfície acima da linha de marés durante todo o ano, ficou-lhe a toponímia de cabeço ou cabeça seca. A toponímia bugio pode ser atribuída, entre outras versões, ao francês bougie (vela), devido à semelhança da sua estrutura circular e da primitiva torre encimada por farol, com uma vela acesa sobre o seu castiçal. O rei Filipe I (1580-1598) determinou ao engenheiro militar e arquitecto italiano Giovanni Casale um estudo para melhorar o sistema defensivo da barra de Lisboa, então sob ameaça de corsários ingleses e holandeses. O estudo foi apresentado em 1586. As obras ficariam completas em 1657, no reinado de D. João IV.