Lá dentro, na casa escura, escondem-se os últimos guerrereios Lusitanos. Usam as suas calças mágicas, oferta da famosa corça branca. Uma corça branca que persegue os audazes e que tem poderes psicopômbicos. Umas calças que os fazem correr que nem gazelas. Naquela manhã Viriato teve um pequeno incidente do foro gástrico enquanto fugia da coorte romana. Uma emboscada mal preparada. O bucho com aguardente de zimbro que comera de manhãzinha não cessava de lhe vir ao gasganete. Finalmente o bolo gástrico, com alguns ossos inteiriços, desceu perigosamente, alojando-se numa zona já externa ao intestino grosso, mas ainda na parte interna das calças. As calças que, aliás, eram curtas, ficaram muito afectadas. Escorriam desagradáveis pruridos pela perna abaixo, pondo em causa a dignidade do caudilho. Não dava para seguir combate. Foi aqui, nesta casa, conta a lenda, que os Lusitanos se esconderam da fúria romana. Laburda, a dona da casa, apaixonou-se de imediato pelo caudilho. Lavou as calças com esmerado perfume comprado a uns ciganos que tinham chegado de Bizâncio. Erro! As calças tinham de ser lavadas a seco. Laburda não sabia ler as instruções. Perderam poderes. Já não sabiam correr. Este foi o começo do fim para Viriato. Há quem diga que tudo foi uma ignóbil manobra dos romanos. Finalmente descobrimos as calças da traição, penduradas e húmidas, num varal eléctrico. Conta a tradição que foi aqui, nesta casa, que Viriato e Laburda ficaram para sempre, vestindo a lingerie dos apaixonados, incapazes de se movimentar. As calças ainda hoje lá estão para quem quiser experimentar.
NOTA: obrigado ao Tonho por mais esta intervenção genial e sempre inspiradora.
NOTA: obrigado ao Tonho por mais esta intervenção genial e sempre inspiradora.
10 comments:
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O "culpado" é o João!
Deixou a bola quicando em frente da área... eu só chutei.
Ah! ah! ah!
:o)
E marcaste um golão, TONHO !
Aplausos do Camarote presidencial.
Nessas imundas calças do Viriato estão letras sem fim.
Não houve nenhuma explicação para a sujidade que também foi encontrada na jersey !
Inté...
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Ôpa!
Bela "estória" ou história...
Até!
:o)
Afiadíssimos todos vcs!
;)
adoro voces todos!!!!
A foto, a intervenção, a invenção, em nada têm a ver com os tais pluridos que sujaram as calçolas do luso. Estão limpos, (quase) imaculados, e sem pivete ... Geniais. Parabéns a todos vós.
Tonho: Uma metáfora lusitana, inspirada no seu varal. Abraço.
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