Há quem diga que os mercados são entidades abstractas, feitas de especuladores sem escrúpulos, manuseando fundos de investimento obscuros, com contas cifradas em offshore. Que são hipócritas e matreiros. Que só pensam em si mesmo. Que são eles os responsáveis pela crise.
Não foi essa a minha experiência. Ontem fomos às Caldas da Rainha (aqui a uma hora de Lisboa). Os mercados funcionaram perfeitamente. Muita couve e batatas. Cenouras e nabos aos molhos. Uma sã convivência, com taxas de juro muito aceitáveis e crédito à vista para todos. Oferta e procura.
Quando era mais novo fartava-me de ir aos mercados. Talvez fosse mais liberal. Havia outra confiança. A austeridade era implícita. Agora ir aos mercados é uma janela de oportunidade, na esperança que a Euribor esteja de bom humor e o yeld tenha tido uma noite repousada.
Ontem foi o regresso aos mercados. Um país que continua a vender alhos e cebolas. Que continua a tirar da terra o seu sustento e para quem a crise é apenas mais uma.
12 comments:
Óptimas as imagens, Jorge.
Ampliei-as todas para estar firme na minha opinião.
Na primeira legenda, até pensei que se ia referir aos
Hiper Mercados...
De extremo bom gosto e realismo!
Saudades da ida aos mercados da cebola, do alho, do feijão, da beterraba e do limão!
Hoje, a vida vivida a correr, não nos permite ter tempo para ir ao mercado, e o produto escolher.
Belas fotos, que provam que o que é nacional é bom!
Detesto nabos. Couves também. Mas os alhos franceses, ou porós, ou porros, estão a pedir uma bela torta, cá das minhas ... hmmmmmm
Gostei das cebolas. Muito fotogénicas.
amava os mercadso...as fotos sao lindissimas...aqui:((((
adoro mercados de verduras e frutas a céu aberto, de preferência direto dos produtores e família. As fotos estão lindas.
madoka
Serão os pepinos alemães responsáveis pela crise europeia?
Mas há pepinos na Alemanha?
Já agora: deu uma bela sopa.
(Senti-me o tuberculo da terceira foto quando o João me disse quem é o "man" da foto do dia 25-01-2013!
;-( Sorry!
Não tem problema Luísa.
esses "hipócritas e matreiros" são outros mercados, não estes.
Magnífico trabalho e não tenho palavras!
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