4.1.13

OS VÁRIOS ANOS NOVOS

Quando era miúdo, o ano começava lá para Outubro, quando as férias grandes terminavam e as aulas começavam. Essa era a grande marcação anual: aulas e férias. Um ciclo que se esgotou quando terminei o curso. Mas, Outubro sempre continuou marcando a entrada de um novo ciclo anual. Mesmo depois de começar a trabalhar, era em Outubro que verdadeiramente se dava a rentrée. As férias acabavam para toda a gente, as empresas tinham finalmente toda a força laboral à disposição. Em Outubro começa o Ano Laboral. 
Para mim, o verdadeiro Ano Novo começa no dia dos meus anos. É aqui que se encerra mais um período que importa para a minha contabilidade neste mundo. É aqui que faço os meus balanços pessoais. Que confesso os meus pecados sociais. Que prometo ser melhor pessoa. Que me analiso existencialmente. Em Setembro começa o meu Ano Pessoal.
Em Janeiro muda o calendário, mudam-se as agendas e acertam-se os relógios. Janeiro é o mês em que entra em vigor um novo Orçamento de Estado e em que recomeça a nossa tributação anual. Janeiro não passa do Ano Novo Fiscal.
Desejo a todos um grande Ano Pessoal, um excelente Ano Laboral e um Ano Fiscal cheio de prescrições.
 
 

9 comments:

Li Ferreira Nhan said...

Concordo em tudo!
Janeiro é a mudança do calendário. Janeiro é o mês dos impostos.
Pra mim também o novo ano começava quando as férias de verão acabavam e as aulas começavam. E para minha sorte sempre coincidia com o dia do meu aniversário, com o meu ano novo.
Fevereiro é um mês muito especial mesmo!
;)
Feliz vários anos novos a cada mês para todos!

Fatyly said...

Gostei e obrigado "pelos votos das prescrições" hehehehe

O balanço que fazes no mês do teu aniversário, eu também faço no meu e rapazzzzzzzzz estes fulaninhos começam logo no meu mês...mas nada me derrubará e começo sempre com mais garra e vontade...porque ainda muita água irá correr debaixo da ponte.

Beijos

Fátima Santos said...
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Fátima Santos said...

mas é que é mesmo isso, Jorge: o ano começa-me nesse dia incerto por Setembro/Outubro, a praia esvaziada, o sol a inclinar sobre a roupa da corda e aquela vontade imensa de ter um caderno que comece na primeira página e cheire, sobretudo cheire a novo
e ainda agora que já me aposentei, se me dá saudade, se fico assim sem jeito que nada tenha ficado diferente ao acordar de um dia ao outro, é nesse tempo incerto

(o outro pareceu-me com erro e por isso apaguei)

myra said...

acho que voce tem razao...qdo eu estava em outro pais...aqui para mim, e somente frio e calor!!!
porcaria,,,de vida,,,,
beijos

Anonymous said...

Ano novo cada religião e cada sociedade tem o seu. Na verdade só uma folhinha que termina no ultimo dia do calendário, e outra folha inicia o próximo. Mera formalidade. Para nós simples mortais, cada dia novo de vida, é uma esperança que se renova. Cada criança que nasce, cada filho que se torna pai, cada neto que chegamos conhecer, são prova cabal que muitos anos novos virão, e que a única certeza é de que nos próximos, longínquos, e futuros, não estaremos aqui para conferir. Por isso, vamos aproveitar este ano, novo, e que pode ser o nosso último, da melhor forma possível.

João Menéres said...

Antigamente, em tempos académicos, também era assim, Jorge.
Depois, quando assumi a responsabilidade de uma pequena empresa, A GRANDE MUDANÇA dava-se no mês de Agosto, quando encerrava para férias.
Agora, sem compromissos de maior, no que se refere a responsabilidades com outros, o ano passou a ter vários marcos :
O 1º de Janeiro ( é fatal );
A Páscoa (uma semana ou mais em Terras de Basto);
A Primavera ( oficial arauto da chegada do tempo decente );
O 2 de Agosto ( a neta mais velha, já com 13 anos ) festeja aqui em casa o seu aniversário ), porque a 3 fazermos as malas e a 4 rumamos para Sul. Papo no ar !
Princípios de Setembro ( regresso a casa ), porque é habitual fotografar mais assiduidamente, tanto pela temperatura amena, como pelos fins de dia.
Logo no final, são as vindimas ( mais uma semana por Terras de Basto).
E, por último, após os cestos da vindima estarem lavados, o regresso à Cidade e o começo dos dias notoriamente mais curtos que me levam ao pior período do ano ( frio e chuva ).
Portanto tenho SEIS NOVOS ANOS em cada ano.

xunandinha said...

Para mim o ano novo, não passa de acabar uma folha de calendário e começar outra,a unica difrença que uns esbanjam dinheiro em ceias especiais para depois ir tudo parar ao caneiro,brutos fatos só para um dia cabelos todos alinhados que na manhã seguinte está todo enriçado, enfim loucuras que eu não entendo,um grande abraço,muita paz no MUNDO

Jorge Pinheiro said...

Obrigado. Bom Ano.