31.10.13

O QUE ACONTECE À VIDA DIDITAL DEPOIS DA MORTE?




Nesta sexta-feira, assinala-se o dia de Todos os Santos. E se muitas pessoas, sobretudo as mais velhas, se preocupam em deixar a vida organizada antes de partirem, agora há outra preocupação a ter em conta: o destino da nossa vida digital quando já cá não estivermos. O computador, o tablet ou o smartphone tornaram-se parte indispensável das nossas vidas e neles armazenamos fotografias, passwords, credenciais, acesso directo às redes sociais ou ao email. Mas e o que fazer com a nossa vida digital após a morte? Os especialistas da Kaspersky Lab reuniram alguns conselhos.
O Google já vai um passo à frente neste campo. A empresa lançou recentemente uma funcionalidade chamada “Administrador de Contas Inactivas” que permite aos utilizadores predeterminarem como gostariam que ficasse a sua conta em caso de morte. Podem decidir que a sua informação é totalmente apagada após três, seis ou doze meses de inactividade ou conceder a outras pessoas concretas o acesso aos seus dados. Mas se um utilizador sair da rede digital durante um tempo e não desejar que a sua informação seja apagada, não tem que se preocupar - receberá um email e uma mensagem de texto do Google antes de qualquer mudança permanente ser feita.
Esta funcionalidade, ainda que possa parecer um pouco sinistra, é importante para proteger a informação dos utilizadores.
Tal como o Google, algumas redes sociais também oferecem funções similares. O Facebook disponibiliza um formulário através do qual os nossos amigos ou familiares podem pedir à empresa que encerre o nosso perfil. Depois de receber o formulário, há duas opções: ou a nossa página é mantida aberta para que só o nosso círculo mais próximo possa vê-la ou é definitivamente encerrada. Além disso, os nossos familiares mais próximos podem apresentar solicitações similares noutras páginas o como LinkedIn ou o Twitter, de modo que é recomendável falar com a família sobre como queremos que os nossos perfis sociais sejam geridos em caso de morte.
Como nem todos os serviços online e softwares desenvolveram ferramentas que ofereçam aos seus utilizadores a opção de cuidar dos seus activos digitais pós-morte, a Kaspersky Lab aconselha a que mantenha a sua informação organizada, tendo os seus dados bem guardados e distribuídos em pastas organizadas, e a que deixe instruções aos familiares, como deixar escritas as passwords de acesso, guardadas num local fechado à chave ou dentro do próprio testamento.

11 comments:

João Menéres said...

Muito útil, Jorge !
Mas sei lá o que quero...
Os filhos têm muito que fazer !
O que me sugere ?


Um abraço.

myra said...

apres moi le deluge!!!!! podem fazer o que quiser, total, nao vou saber:)

Jorge Pinheiro said...

Se fosse há uns tempos atrás este post dava "pano para mangas". Agora...
Qt à solução não sei. Mas eu vou deixar as passwords aos meus filhos. Qt ao blog e FB quero mantê-los no ar. Só tenho dúvidas no e-mail

daga said...

acho que é como se fossem livros, versos, pinturas, é a obra de alguém, por isso deve ser respeitada a vontade do próprio! se ele não se ralar, os filhos que resolvam..

Jorge Pinheiro said...

O e-mail e os chats não são a mesma coisa.

Li Ferreira Nhan said...

Ih, não gosto desta prosa. Ando farta deste assunto; morte, velório, enterro...

Jorge Pinheiro said...

É a vida!

Anonymous said...

Jorge,

eu tive um tio que sempre dizia: "O problema da minha morte os que ficarem é que resolvam". Nunca quis comprar um jazigo, ou se preocupar com testamentos ou coisas parecidas. Disse apenas onde gostaria de ser enterrado. Nem sei se cumpriram esse desejo. Eu sou meio assim também. E para facilitar, nem num determinado lugar quero ser enterrado. Quem ficar que resolva. Podem até cremar. Quanto às senhas a Paulinha tem todas. E não adianta mudar, ela descobre...srsrs

Jorge Pinheiro said...

Pronto. Então está resolvido. Mas a questão aqui é outra. Há coisas que estão no ar e podemos não querer que fiquem acessíveis.

Jorge Pinheiro said...

Uma espécie de testamento vital digital.

Fatyly said...

Tenho as "senhas" manuscritas e bem guardadas apenas para mim. Quem cá ficar que se amanhe e o blogger que apague quando entender.

Mas há algo que me preocupa mais...e tenho comigo um papel que me acompanha por todo o lado:

CASO ME PASSE NÃO QUERO SER RECUPERADA, DEIXAI-ME PARTIR EM PAZ!!!!

Porque essa coisa de voltarem a pôr o coração a funcionar e ficar dependente...que Deus mi guardi!!!