22.2.14

ELOGIO AOS FILHOS ÚNICOS


Ser filho único de uma família pequena tem as suas vantagens. Somos mimados sem escrúpulos ou invejas, não temos que repartir afectos, nem dar lições aos mais novos ou receber lições dos mais velhos. Podemos exibirmos à vontade que todos acham graça e não temos a difícil tarefa de nos impor no seio da própria família. Ficamos, assim, mais disponíveis para "atacar o mercado externo". Se tivermos um mínimo de inteligência, acabamos por perceber que "isto não é tudo nosso" e moderamos a nosso egocentrismo. Aliás, esse egocentrismo já está implícito na nossa qualidade de filhos únicos e nem carece de se afirmar, contrariamente a filhos de famílias grandes que carecem desesperadamente de afirmação. Uma outra vantagem: a herança é toda nossa. Desvantagens: libertarmo-nos das mães excessivas; estarmos totalmente sozinhos sempre que há dificuldades ou momentos críticos na família.

6 comments:

Fatyly said...

Tem mais vantagens por um lado mas deixa-me que te diga que em 80% das familias de vários filhos...desavindos ou não...há sempre um para o qual sobra tudo, mas tudo, desde tomar conta versus ajudar/acompanhar os progenitores como se de filhos únicos se tratassem...mas na hora da sua partida aparecem todos como vampiros para mostrarem que foram filhos tão extremosos, tão presentes...só com um pano cheio de líxivia mas trombas!

Vamos ter uma geração de filhos únicos e disso não tenho dúvida nenhuma e conheço alguns que como adultos...são insurpotáveis e NÃO HÁ PACHORRA PARA TANTO EGOISMO!

Sou a do meio o que é super desvantajoso nomeadamente em crianças:)

Jorge Pinheiro said...

Ora lá está. Ter muitos irmãos só dá tensão interna e traumas para cada um. Os únicos safam-se disso. Só têm de se preocupar com a envolvente externa. Fica tudo mais claro. Quanto à insuportabilidade, há de tudo.

Elvira Carvalho said...

Não sou filha única, mas sinto-me muito feliz com isso. Em casa eramos irmãos, e talvez por sermos meses de diferença da mana e praticamente da mesma idade, tenho do mano, funcionamos sempre como um todo.desde meninos até hoje e já lá vão mais de anos.
Um abraço e bom Domingo.

Jorge Pinheiro said...

óptimo Elvira. Não tenho essa experiência.

daga said...

agora temos "auto-elogios! não faltava mais nada... isto realmente de ser filho único afecta imenso "a envolvente externa" ;)
beijo

Jorge Pinheiro said...

Ora bem.