9.12.14

SERRA D'OSSA - II


A digestão acaba por ser a única coisa que interessa no intervalo entre almoço e jantar. Andar a pé acaba por ser uma solução de recurso, já que não podemos andar sentados. Pelo caminho vemos muitos borregos, algumas ortigas e erva variada, quase toda verde.
 
 
A vila de Redondo fica perto da Serra. Não é plana, nem chata, nem redonda, nem comprida. Tem o Museu do Vinho, o Museu do Barro e a Enoteca Municipal. Os barros do Redondo são conhecidos precisamente por serem redondos e coloridos. Visitem o mestre João Mértola e tentem não partir nada no equilíbrio instável que é a vida a partir dos 14,5º.
 
 
O azul continua português e as sombras alongam-se na tarde caduca do inverno poente. O castelo tem portas. A Porta da Ravessa é hoje vinho engarrafado. Saímos por ali na esperança de algum aconchego.
 
 
E quando tudo parecia perdido nas voltas da Serra, eis que surge na noite o Hotel Convento de São Paulo. o "paraíso do azulejo".
 
 

4 comments:

João Menéres said...

O Convento de S. Paulo, além de ser o paraíso do azulejo, como o Jorge o define, é também um paraíso para passar uns dias.

Fartei-me de rir com a sua escrita !
Desde o andar sentados, até à Porta da Ravessa e à definição da Vila de Redondo.
A propósito : No Algarve tenho uns pratos grandes (e redondos...) comprados há mais de quarenta anos.
Bem diferentes destes.

daga said...

gosto das fotos,especialmente das ovelhas, gostava de poder andar sentada, só conheço Redondo do livro "Aparição" do Vergílio Ferreira :p

Li Ferreira Nhan said...

O azul, sem dúvida nenhuma, é português!

Fatyly said...

Conheço tão bem o Redondo e continua sempre tão acolhedora.

Que fotos tão belas!