25.11.15

ESCARAVELHO VERMELHO

Vítima do escaravelho vermelho (Rhynchophorus ferrugineus), mais uma série de palmeiras tiveram de ser cortadas aqui no bairro. As larvas escavam buracos de até um metro de comprimento no estipe (o tipo do caule das palmeiras), podendo matar a planta hospedeira. Uma praga originária da Ásia tropical e que se espalhou para África e Europa a partir dos anos 80 e cujo controle se tem mostrado muito complicado. São aos milhares as espécies que têm sido cortadas nos últimos anos. O escaravelho permanece sem predadores naturais.

8 comments:

Paulo said...

Para já só ataca a espécie "Phoenix Canariensis" isto é, as palmeiras das Canárias sendo que as palmeirasfêmeas são mais resistentes que os machos (entretanto já todos mortos).Depois de matar todas as desta espécie provavelmente seguir-se-ão as "Washingtonias filíferas" e sabe-se lá o que mais...

João Menéres said...

No Algarve tem sido uma mortandade.
Mirram, secam e vão-se...
Uma tristeza a adicionar a outras...

Jorge Pinheiro said...

Um raio de praga. Ainda não percebi qual o predador na Ásia. Talvez se pudesse importar...

João Menéres said...

E deixariam ?

Fatyly said...

Embora resistam muitas de outra espécie, aqui também desapareceram imensas (de porte muito mais pequeno) devido ao mesmo problema.

Paulo said...

Curiosamente, os arquitetos paisagistas que conheço não estão nem um pouco angustiados com esta catástrofe. Na generalidade, consideram que as palmeiras são intrusos, não fazem parte da nossa paisagem natural e que foram introduzidas e ultimamente muito utilizadas porque as pessoas (e os autarcas...) têm mau gosto. Eu acho que é fundamentalismo. Gosto de palmeiras, especialmente a das Canárias e lamento profundamente o seu inevitável desaparecimento.

Jorge Pinheiro said...

As palmeiras foram introduzidas em Portugal antes dos Descobrimentos, vindas de Marrocos. Basta ver qualquer gravura ou azulejo da época e eram então um símbolo de nobreza nas casas senhoriais. Ultimamente tem havido algum (bastante exagero) e nalguns casos uma má utilização das palmeiras, misturando-se com vegetação indígena (como foi o caso aqui em Nova Oeiras). A grande vantagem das palmeiras é (era) a manutenção, muito mais barata.

João Menéres said...

Em casa dos meus pais, em Leça da Palmeira, já existia uma enorme palmeira quando nasci em 1934 !
E muitas mais mais havia e ainda há várias.
Na Boavista, quando a moradia foi construída, logo comprei num horto uma canarinha, que tive de mandar abater no ano passado, pelos bombeiros e com licença camarária, porque as suas raízes estavam a mexer com a casa...
E o mesmo sucedeu ( vários anos atrás ) com um chorão espectacular e pela mesma razão !