OMBROS - LIÇÃO Nº2

Ombros salientes. Ombros que querem algo. Mas falta-lhes expressão... Determinação. São ombros simétricos. Em cabide. Ombros tímidos. Não se insinuam. Que querem estes ombros? Porque teimamos em os abraçar? Será o requebro das ancas? Ou aquelas fendas sensuais?

Para o público de 1930 uma guitarra eléctrica tinha de parecer uma guitarra e não uma prancha de madeira carregada de electrónica com um "pescoço" atarrachado. Até à II Grande Guerra as guitarras eléctricas eram guitarras convencionais com um "pick-up" instalado.

Depois da guerra o mercado mudou muito. Rapidamente as violas eléctricas passaram de experimentais a determinantes. Empresas como a National/Valco, a Gibson, a Gretsch e a Epiphone passaram a dedicar-se predominantemente ao desenvolvimento de instrumentos eléctricos. A Fender não existia antes da guerra e, desde o início, dedicou-se ao fabrico exclusivo de guitarras eléctricas. Dos grandes fabricantes, apenas a Martin se manteve agarrada às suas tradicionais violas acústicas.

A enorme procura de instrumentos eléctricos fez aumentar a competição, mas não contibuíu para grande inovação tecnológica durante os anos 40 e 50. No início dos anos 60 a guitarra eléctrica estava numa espécie de limbo, podendo distinguir-se três grandes tipos que ainda hoje se mantêm: a "hollowbody", viola de corpo oco e caixa de ressonância alta, de que são exemplos a Gibson ES-775 ou a Gretsch Chet Atkins; a "solidbody", com o corpo sólido (sem caixa de ressonância), de que são exemplos a Fender Stratocaster ou a Gibson Les Paul; e a "thinbody", um híbrido que mantém uma caixa de ressonância, mas mais estreita, com um "design" de "solidbody", de que são exmplos a Rickenbacker 325 ou a Fender Coronado II.

jp

Nota: sobre a problemática "ombros", ver www.inteligenciavisual.blogspot.com