13.2.10

ENCONTROS DO CRATO - I


O Mosteiro da Flor da Rosa, no Crato, (Alentejo, muito perto de Espanha) é um dos mais intrigantes edifícios do gótico português. Uma igreja cruciforme, â direita; ao centro uma galilé de entrada e duas janelas da sacristia; à esquerda, as três torres do Paço senhorial; por detrás, uma zona monástica, mais recolhida, com o Claustro e restantes dependências em redor. De início, a Flor da Rosa seria apenas uma quadrado defensivo (séc.XIV), muito baseado na arquitectura militar da Terra Santa, desenvolvida pelos Hospitalários. Em 1341, durante o grão-priorado de D. Álvaro Gonçalves Pereira (pai do futuro Condestável Nuno Avares Pereira), o programa arquitectónico alterou-se. Aliás, é a partir dessa altura que os Hospitalários portugueses passam a depender do Priorado Do Crato. A fortaleza passou a ter novas torres defensivas e simultaneamente passou a desempenhar as funções de sede da Ordem dos Hospitalários. A construção da igreja é decida nessa altura e inicia-se em 1356, data em que a componente residencial se conclui. Este novo conjunto está concluído em 1380 e D. Álvaro, seu fundador, viria a ser sepultado num momumento em mármore de Estremoz que se mantém intacto. Em 1500 iniciou-se uma terceira fase, mais adequada à função de Mosteiro, não sendo já necessária como fortaleza. Aparece a sala do Capítulo, o novo Claustro, o Refeitório de elegante abóbada, num estilo manuelino-mudéjar. O edifício entra em decadência no séc. XVIII e desabou parcialmente no séc. XIX. Actualmente é uma das Pousadas Históricas de Portugal, com um arrojado projecto do arquitecto Carrilho da Graça, concluída nos anos 80 do séc. XX.
(Fotos retiradas do site oficial da Flor da Rosa).

3 comments:

Anonymous said...

Parece-me bem. É um sítio de que se fala muito e onde se vai pouco.
Que tal o restaurante? E a frequência, neste fevereiro tão frio?
Hoje vamos estar em Sever, para o ciclóstomo. Como julgo que não vais (pena nossa), fica o abraço e o aroma da cabidela.

Antoniao

Maria Augusta said...

Que maravilha se hospedar em um lugar tão cheio de história...
Abraços.

Jorge Pinheiro said...

Um local fabuloso Maria Augusta.
Antonião: boa lampreia.