Pax Julia, mais conhecida por Beja, tem historial romano e mouro. Não foi das terras com mais sorte na preservação desse rico património. Ao longo dos tempos, e ao sabor das várias intervenções urbanísticas, muita coisa se perdeu, por incúria ou ignorância. Felizmente, nos últimos anos assiste-se a um recrudescimento invulgar de arte pública. Sem querer ser exaustivo, chamo a atenção para este magnífico exemplar de "estuária rotundunal". Uma espécie de fontanário em bidé, decorado em ricos mosaicos com elementos marítimos, acentuando a contradição conceptual com a zona de ceara circundante. É a aridez interrompida, um oásis fóssil, um poço de frescura iniciática. As proporções do objecto sugerem um estudo aprofundado dos fontanários clássicos. Com rotundas assim, Beja fica numa entrada por saída.
24.6.10
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3 comments:
Agora sei que essa "mania" veio com o "Cabral"....
É curioso o fanatismo "edílico" pela inauguração compulsiva de rotundas. Fica bem e uma vez que são necessárias (pelo menos desde Versailles, Luís XIV e Le Notre) há que inaugurar o mais que se puder, de qualquer forma, tamanho, com ou sem "coisas" em cima ...
Devia haver um concurso para eleger a rotunda mais estranha do país ... seria difícil a escolha.
admito que haja bons exemplos de integração deste tipo de estruturas na paisagem, na história, ...
Abraço.
Bídé ? Ou BIDÃO ?
E para quê ou para quem?
Só para o JORGE poder enriquecer o seu ÓPTIMO ARTE PÉSSIMA...
Foi por isso que marcámos lá o ENCONTRO...
RsRsRs...
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